Em 1998 o diretor Gus Van Sant fez um dos remakes mais polêmicos dos últimos tempos. Por que diabos alguém poderia considerar a ideia de refilmar uma obra do mestre Alfred Hitchcock? É quase um crime. É semelhante ao KLB querendo fazer cover de Titãs ou Engenheiros do Havaíi (o que seria no mínimo engraçado). Mas o talento de Van Sant falou alto e embora bastante criticado, a sua própria versão de Psicose (que também foi acusada de imitar a produção até mesmo nas expressões e ângulos de camera) não deixou a desejar.
O grande destaque ficou por conta de Vince Vaughn interpretando Norman Bates. Pessoalmente, considero a melhor atuação da carreira do ator que cativou o público em O Mundo Perdido: Jurassic Park 2. Ele consegue transmitir toda a condição afetada do personagem, as caras e bocas, a falsa sensação de fragilidade. Anthony Perkins é um excelente ator e estaria exagerando ao dizer que a atuação de Vaughn se aproximou em perfeição, mas a verdade é que chegou quase perto. A cena final com a frase de “eu não faço mal nem a uma mosca” e o rosto se transformando em uma caveira, é FODA!
Viggo Mortensen, Julianne Moore, Anne Heche e William H. Macy completam o elenco. Destaque para Moore que aparece como se fosse uma adolescente rebelde, ouvindo seu walkman e mascando chicletes. O baixista da banda californiana Red Hot Chili Peppers, o Flea, também marca presença como um funcionário da loja em que Mortensen trabalha. Participação rápida, mas de destaque.
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