Não tenha medo do escuro

30 de outubro de 2011 2 min read 438

VOCÊ GOSTA DE FILMES DE TERROR? Então talvez irá apreciar um pouco do clima obscuro e sombrio de Não Tenha Medo do Escuro. Ainda que o novo filme de Guillermo Del Toro não seja lá muito assustador, e que se pareça com o resultado da mistura de O Labirinto do Fauno com Horror em Amityville, pelo menos é um daqueles filmes em que você consegue se divertir.

Estrelado por Katie Holmes, o que já seria um motivo para ficar realmente com medo (preciso confessar que já tive uma queda pela atriz, mas na época eu era um adolescente que assistia – e gostava – de Dawson Creeks. Felizmente essa época ficou escondida no meu passado e agora sou incapaz de entender como é que meus hormônios disparavam sempre que aquela garota com cara de buldogue inglês surgia na tela. Será que eu era míope – de fato era – ou será que só mau gosto mesmo?), e Guy Pearce, o filme dirigido por Troy Nixey conta a história de uma família que se muda para uma mansão e descobre que a casa guarda um segredo macabro.

Del Toro, que produziu e escreveu o roteiro, devia ter acabado de assistir O Iluminado ou algum dos milhares filmes do gênero quando resolveu desenvolver a sua própria ideia. Claro que não podia faltar uma criança problemática para conduzir a trama, e o papel ficou nas mãos da eficiente Bailee Madison (a pestinha que atormenta o personagem de Adam Sandler em Esposa de Mentirinha). Madison pode ser acusada de repetir a mesma performance, com a diferença é que ela deveria fingir ter medo de criaturas exóticas ao invés do comediante responsável por O Paizão e Gente Grande.

Bons efeitos especiais e boas tentativas de assustar o público colocam Não Tenha Medo do Escuro como um dos grandes destaques do gênero em 2011. Mas é muito pouco para aquele público que anseia por produções que consigam incomodar (A Serbian Film – Terror Sem Limites é uma imbecilidade que choca mais pela sua qualidade duvidosa do que pelas sequências de violência) e fazer com que o espectador durma de luzes acesas por uma semana. Será que o terror é um gênero morto?