E eis que finalmente pude conferir o novo filme da franquia, e posso assegurar que, aos que estavam desanimados depois de tantas continuações, essa não irá decepcionar… tanto. Muitas pessoas afirmavam que a história de John Kramer já estava na hora de acabar. Muitos pensaram que o sexto filme seria o fim de tudo. Muitos brigaram quando saíram boatos do fim apenas no décimo filme. Uma hora tem que acabar, né? Mas será que realmente é essa a hora?
Depois de torcermos pelo detetive Strahm em Jogos Mortais 5, que conseguiu descobrir o sucessor de Jigsaw após a morte de John e Amanda, terminamos mais uma vez angustiados com o fracasso em capturar o detetive Hoffman. Mas será que realmente ficamos angustiados? Sua prisão implicaria no fim dos jogos, e então estaríamos órfãos no próximo Halloween. É, Hoffman se deu bem mais uma vez, e Jogos Mortais 6 veio para contar o que aconteceu depois da última e genial armadilha do 5. Antes de tudo, uma dica: não vá aos cinemas sem estar com a história dos filmes fresca na memória. Você irá boiar por pelo menos 10min de filme. Ou até mais. Bom, vamos ao que interessa: o detetive Hoffman é o novo Jigsaw, mas o cerco está se fechando sobre ele. Enquanto isso, Jill – a ex-mulher de Kramer – decide o que fazer com a caixa que lhe sobrou de herança (aquela mesma que deixou todo mundo curioso), e William, um “corretor” de seguros médicos, precisa passar pelo maior jogo de sobrevivência de sua vida. Claro que também temos jogos isolados, mas o chamariz do filme continua na complexidade da teia que é criada, sempre dependendo das regras.
Jogos Mortais 6 é brutal. Voltamos “às origens” no que, afirma-se, seja o fim do ciclo. Confesso que não sentia tanta angústia assim – e aquela não vontade de olhar para a tela, mas que te prende mais ainda – desde Jogos Mortais 2. Não são piscinas de agulhas ou porcos sendo triturados que te deixam assim, mas a constante sensação de que algo muito ruim foi reservado para o final. A tensão é grande, apesar de atuações fracas e do nível cair ao longo da trama. Mas são respostas dadas, e, no fim, aquela grande interrogação: será que acabou mesmo? Com certeza, não é o melhor de todos, mas não deixa tanto a desejar assim.
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