Um grupo de cinco pessoas fica preso dentro de um fosso e é observado atentamente por um maníaco canibal. Enquanto os dias passam, o grupo descobre que não possui comida e que o único alimento é o próprio corpo de cada um. Liderados por uma médica inteligente e muito racional, eles tentam durar o máximo possível, mas as coisas acabam chegando num ponto insustentável onde a sobrevivência fala mais alto.
O enredo não é lá muito original. Logo no começo se tem a impressão de estar assistindo mais um episódio da franquia Jogos Mortais (que influenciou bastante, sem dúvida) e com elementos de vários outros filmes de qualidade duvidosa. O que se pode dizer é que depois de um começo em que tudo que o espectador podia conferir era a voz dos personagens, Fome acabou caindo na velha fórmula desses longas conhecidos do público.
A ideia de uma pessoa perdendo a sua consciência moral e enlouquecendo é sempre interessante. Dessa vez o instinto de sobrevivência foi a sacada do roteiro para apresentar o descontrole de cada um desses cinco personagens. Vale dizer que todos são estereotipados, o que reforça ainda mais o comentário de que este é apenas mais um filme de terror psicológico produzido nos Estados Unidos. Ele não se destaca em momento algum, exceto talvez pela introdução claustrofóbica. E por mais que os motivos do Jigsaw da vez tenham sido mostrados e deixados bem claro, o roteiro acaba pecando por conta de pequenos detalhes.
Não sei se foi a dor no dente ou o estômago vazio, mas essa Fome não me pegou. São duas caipirinhas.