Esqueçam a voz modulada a la Darth Vader. Esqueçam o aspecto escuro, onde quase não se via direito o rosto de Freddy Krueger. Esqueça todas as boas coisas do primeiro filme, mas lembre-se de não dormir. Em A Hora do Pesadelo 3, o fã número 1 de Nirvana (ou seria o grunge que se inspirou no visual de Freddy?) retorna e agora vem acompanhado de algumas piadinhas e NUDEZ. Claro que ninguém quer ver o Freddy Krueger tostadinho pelado na telinha e quem aparece só de calcinha é uma enfermeira uber model… durante os sonhos de um adolescente!!!
Com participações de Laurence Fishburne (que assina a participação como Larry Fishburne…ainda bem que ele “trocou” o nome depois), da lindinha Patricia Arquette e o retorno de Heather Langenkamp, reprisando seu papel no filme original. A direção ficou nas mãos de Chuck Russell, que anos depois daria fama ao ator Jim Carrey no super engraçado O Mascara. Novamente, Wes Craven só aparece como “criador” do personagem e não assume nenhum papel importante na produção. Robert Englund continua vivendo o personagem principal e já nesse filme começou a ganhar mais destaque e espaço para suas falas ácidas.
Se nos filmes anteriores Freddy só atacava adolescentes simples de serem destruídos, agora precisa lidar com um verdadeiro esquadrão teen de loucos varridos de um hospício. Claro que todos são parentes daqueles que um dia mataram o cruel assassino, que agora busca vingança. Nancy, personagem do primeiro filme, retorna e agora é uma psicologa tipicamente oitentista. Me demorei por três filmes para poder sacanear o visual dos anos 80 e isso foi um recorde. Já zoei horrores aqueles cabelos e roupas de um futuro que nunca veio e na saga de Freddy Krueger isso não é muito diferente. Pelo menos, essa terceira parte se passa dentro de um hospital e fora os cabelos, não temos que nos preocupar com as roupas dos personagens (com enfermeiras seminuas, quem vai se preocupar com o que eles estão vestindo? fala sério, né?). O problema maior do roteiro de Russell é que esses tais adolescentes conseguem se encontrar no mundo dos sonhos. Ok. Aceitável. Mas a coisa desanda quando Patricia Arquette (delícia) ganha poderes de acrobata circense e os outros personagens começam a projetar a imagem/talento que gostariam de ter. A disputa fica injusta com o nosso queimadinho favorito… E com a paciência do espectador também.