EM 1985 UM FILME DE VAMPIRO TINHA O SEU APELO. Na época o sexo também enfrentava um pouco de dificuldades, com o conservadorismo do público norte-americano. Misturar as duas coisas foi uma jogada de mestre, especialmente porque A Hora do Espanto possui muitos outros atrativos, não é a toa que ele é considerado um filme cult por muitos.
A trama narra a história de Charley Brewster (William Ragsdale), um adolescente que começa a desconfiar que seu vizinho é um perigoso vampiro. Sem poder contar com a ajuda da namorada e do melhor amigo, ele precisa descobrir uma forma de escapar com vida e acabar com essa ameaça.

Uma das mensagens do longa-metragem é justamente sobre a forma de lidar com as diferenças. Evil é um personagem que sofre com o bullying o tempo inteiro, pois é diferente de todos e é ofendido constantemente. Essa diferença, no caso do filme, soa como algo negativo e muito curioso, pois ao aceitar que é diferente, Evil Ed se transforma em um dos vilões de A Hora do Espanto. Seria uma forma sutil de discriminação?
É difícil acreditar que mesmo com essas performances medíocres, o filme de Tom Holland tenha se transformado em cult. Talvez a ingenuidade dos personagens, Charlie principalmente, e a mistura de terror com comédia. Um dos momentos mais divertidos é quando o personagem principal começa a pregar madeira pela janela do quarto, consciente de que o vampiro Jerry (Sarandon) não poderia entrar em sua casa sem ser convidado, mas então ele desce as escadas e se depara com a mãe conversando com o dentuço na sala de jantar.
A Hora do Espanto não é uma produção para ser levada à sério. O importante é assistir com a intenção de se divertir com uma história divertida e que consegue aliar o terror com a comédia, sem necessariamente se tornar em um filme de humor-negro.