Adaptado de um musical da Brodway, Sweeney Todd – o Demoníaco Barbeiro da Rua Fleet é o primeiro musical produzido por Tim Burton e conta a história que acontece em uma Londres do século XIX, escura e suja. Um jovem barbeiro da cidade é preso pelo perverso juiz Turpin (Alan Rickman), que tirou o moço do caminho para conquistar a sua linda esposa.
Anos depois, o barbeiro, Sweeney Tood, (Johnny Depp) retorna à cidade, cheio de ódio no coração e é prontamente acolhido pela Sra. Lovett (Helena Bonham Carter) dona de uma quase falida loja de tortas. Juntos, ele com sede de vingança e ela querendo encher sua loja de clientes, criam um plano, unem o útil ao (des)agradável para se saírem bem sucedidos em seus respectivos objetivos.
Outros personagens, menos obscuros e caricatos que o casal principal, dão ação à vingança de Todd, como o concorrente de navalhas Signor Pirelli, um barbeiro fajuto, interpretado por Sacha Baron Cohen (Borat) e seu pequeno ajudante Toby (Ed Sanders), que de ingênuo não tem quase nada.
Existem algumas cenas (muito) chatas, ou mais leves, mas não menos sombrias, com cores que fogem do preto, cinza, branco e vermelho dominantes ao longo do filme; outras até cruelmente divertidas como aquela em que Todd e Sra. Lovett dançam pela loja, idealizando suas vítimas.
Os atores, que trabalharam muito a voz para interpretarem os seus papéis se saem bastante bem. Apesar de eu particularmente não ter muita paciência pra musicais, gostei de boa parte do filme com suas emoções cantadas. O final é quase surpreendente, quando você descobre que não é tão previsível quanto parece.
Pelo sangue de tinta guache, pelo charme de Johnny Depp, e pelo filme ser nojentinho, emocionante e engraçado ao mesmo tempo, dou 4 chopps.