ATÉ TENTEI RIR, dar uma chance para o humor do ator e roteirista Danny McBride, mas não deu. São piadas rasteiras, sem graça e que só com muito esforço para conseguir ir até o final sem esboçar um sorriso amarelo. A série Game of Thrones dá um sustento especial para a trama de Sua Alteza, mas nem mesmo esse apoio indireto, ou a presença de James Franco e Natalie Portman, conseguem tornar a produção engraçada.
O filme conta a história de dois irmãos que partem para o resgate de uma virgem e evitar que uma antiga profecia se concretize. No meio do caminho ganham a ajuda de uma misteriosa guerreira e lutam contra um feiticeiro bem diferente daqueles que o público já viu anteriormente.
Qual o sentido de assistir uma comédia se não for para arrancar risadas? Felizmente existem momentos embaraçosos que nos forçam uma risada. Mas é tudo tão passageiro e sem noção, que logo esquecemos o motivo da risada e isso é lamentável, pois o conceito da trama era realmente promissor. Sem deixar de falar que assistir a performance de Portman é sempre um colírio, especialmente quando a moça decide apelar para personagens mais leves, ao contrário da tensa bailarina de O Cisne Negro.
Um dos melhores momentos da produção acontece quando o vilão Leezar (Justin Theroux) invade o casamento de Fabious (Franco) e depois de um breve discurso reclamando da “indelicadeza” causada pela fuga da virgem Belladonna (Zooey
mundo muito distante. A cena é concluída com um feitiço que invoca as “mães” do vilão, que terminam fazendo o serviço de derrotar os heróis, enquanto Belladonna é sequestrada. De novo.
Sua Alteza serve como entretenimento descartável e quando não existem outras opções melhores. Sem dúvida, vale pela presença de Portman e Deschanel, além de algumas piadas em cima de Fúria de Titãs (o original) e outros “clássicos” do cinema. Mas não é nada que você já não tenha visto antes e em produções melhores.