Review: “Transformers: O Despertar das Feras” se reiventa em uma nova fórmula

Confira nossa crítica sobre uma das franquias famosas entre gamers e cinéfilos

 

A franquia Transformers passou por um grande hiato até o ano de 2023. Desde seu último filme, ‘O Último Cavaleiro’, era notória a necessidade de reinvenção da franquia. O recente lançamento, ‘O Despertar das Feras’, conseguiu trazer um frescor sem parecer monótono ou mais do mesmo.

Neste capítulo, situado antes do primeiro filme (2007) e após ‘Bumblebee’ (2018), presenciamos os Maximals, uma versão animal das máquinas que também se transformam em veículos e guerreiros, originários de Cybertron. Também conhecemos os Predacons, descendentes dos Decepticons, cujas formas geralmente são de répteis. Eles disputam o Dark Energon, objeto principal que possibilita a criação de mais robôs, para o bem ou para o mal, visando a destruição do mundo. Nesta nova aventura, conhecemos Noah Dias, um jovem latino que reside em um bairro simples com sua mãe e enfrenta a doença de seu irmão caçula. Ao unir-se aos Autobots com a missão de ajudar a salvar o mundo, ele recebe o reforço de Elena Wallace, cujas habilidades em pesquisa e escrita arcaica são valiosas para a equipe.

O filme cumpre o papel habitual de reiniciar a franquia, destacando a importância e o embate entre Predacons e Maximals, mostrando sua presença atual na Terra e sua relação com os humanos. O diferencial é que Optimus Prime discorda da convivência pacífica entre os animais e os humanos, desejando retornar logo para casa. No entanto, ele aprende o valor da amizade não apenas com o líder dos Maximals, Optimus Primal, mas também com Noah.

Noah é o típico protagonista que luta para encontrar emprego, mas sua interação com Mirage é marcante. Mirage é um carro divertido e forte, sendo crucial para o momento decisivo do filme, permitindo que Noah se destaque. Os novos personagens buscam explorar mais da mitologia da franquia, destacando-se os atores que os interpretam: Ron Perlman (o gorila Optimus Primal), Michelle Yeoh (a águia Airazor), Pete Davidson (o Autobot Mirage), Peter Cullen (Optimus Prime), John DiMaggio (o avião Stratosphere), Colman Domingo (Unicron, líder dos vilões), entre outros. Na versão dublada, destacam-se Fernanda Paes Leme como Arcee e Guilherme Briggs como Optimus Prime, além de Mirage, um novo destaque da franquia.

As cenas de ação são boas, porém não apresentam grandes novidades em relação ao que já foi visto anteriormente. O destaque é a capacidade de um Autobot se unir a um humano, lembrando em certo sentido os Power Rangers.

Talvez o ponto a ser melhorado seja o desenvolvimento dos vilões. Poderiam ter explorado mais a história de cada um, principalmente a grande ameaça que ‘engole mundos’. Ficou a sensação de que o grande vilão foi esquecido e não teve a importância merecida na história.

‘Transformers: O Despertar das Feras’ termina como uma boa experiência para os amantes de robôs gigantes em combate. Inova na fórmula, especialmente na relação entre seres humanos e as duas raças, que se unem para proteger seu planeta e seu povo. Além disso, é o filme mais curto da franquia, o que pode atrair aqueles interessados em conhecer mais da mitologia dos robôs.