REVIEW: Godzilla e Kong – O Novo Império, Um espetáculo de ação com falhas narrativas

ATENÇÃO O TEXTO ABAIXO POSSUI SPOILERS DO FILME

O ano de 2024 marca a chegada de “Godzilla e Kong: O Novo Império“, a aguardada sequência do épico confronto entre os dois titãs que foi lançado em 2021.

Dirigido por Adam Wingard e estrelado por Rebecca Hall, Brian Tyree Henry, Dan Stevens e Kaylee Hottle, o filme que estreia hoje, dia 28 de Março, prometia entregar mais ação, drama e efeitos especiais que o longa anterior, mas infelizmente falhou em cumprir parte de suas promessas.

O principal ponto forte de “O Novo Império” reside nas sequências de ação. As batalhas entre Godzilla e Kong são grandiosas e empolgantes, com destaque para a utilização de recursos visuais inovadores, como braços mecânicos e outros apetrechos.
Outro ponto positivo é o desenvolvimento dos personagens humanos, que, embora ainda presos a arquétipos clássicos, se mostram mais carismáticos e cativantes do que no filme anterior. Rebecca Hall e Brian Tyree Henry reprisam seus papéis com mais desenvoltura, enquanto Dan Stevens se destaca como o veterinário particular de Kong.

Apesar dos pontos fortes, o filme falha em alguns aspectos importantes. O roteiro é previsível e recorre a soluções fáceis, como o deus ex machina, para resolver problemas.
A narrativa também apresenta problemas de ritmo, alternando entre cenas arrastadas e outras apressadas, o que prejudica o andamento da história.

Comparação com “Godzilla: Minus One
O timing para o lançamento de “O Novo Império” não poderia ser pior. No fim de 2023, “Godzilla: Minus One” chegou aos cinemas e se tornou uma referência no gênero, faturando inclusive um Oscar. Com equipe e orçamento infinitamente menores, “Minus One” superou “O Novo Império” em muitos aspectos, o que certamente gerará comparações.

Conclusão:
Godzilla e Kong: O Novo Império” é um blockbuster divertido e empolgante, com sequências de ação memoráveis e efeitos visuais impressionantes. No entanto, o roteiro previsível e os problemas de ritmo impedem que o filme alcance seu potencial máximo. Se você busca um entretenimento leve e descompromissado, “O Novo Império” certamente te agradará. Mas se você espera uma história complexa e envolvente, poderá se decepcionar.
É provável que para os fãs brasileiros, o momento mais memorável seja o fato de o diretor ter escolhido o Rio de Janeiro como uma das cidades onde ocorre uma das principais lutas de Kong e Godzilla.
Então já fique avisado, se você é fã da Madonna ou esperava ir no Rock in Rio, você pode deixar essa ideia de lado, pois Copacabana e a cidade do Rio de Janeiro é quase que completamente destruída nessa grandiosa cena de luta.

Outros pontos que vale a pena destacar:
– A trilha sonora é composta por músicas oitentistas que evocam nostalgia no público.
– O antagonista do filme é mais interessante do que o do filme anterior.
– O filme termina com uma cena empolgante ambientada no Brasil, em um claro fanservice para o público brasileiro.

Em resumo:
– Pontos fortes: Sequências de ação, bom desenvolvimento dos personagens humanos, efeitos visuais e CGI de boa qualidade.
– Pontos fracos: Roteiro previsível, problemas de ritmo, história mais fraca em comparação com “Godzilla: Minus One”.

Elenco: Dan Stevens como Trapper / Rebecca Hall como Dra. Ilene Andrews / Brian Tyree Henry como Bernie Hayes / Kaylee Hottle como Jia / Alex Ferns como Mikael / Fala Chen como Rainha Iwi / Rachel House como Hampton / Kevin Copeland como Comandante Submarino / Sophia Emberson-Bain Laurier / Chika Ikogwe como Sra. Cadogan / Vincent B. Gorce como Especialista da Monarch
Roteiro: Terry Rossio, Simon Barrett e Jeremy Slater

Direção: Adam Wingard