Por Juliana Lugarinho
E lá vou eu falar de comédia dramática de novo! Mas será possível?! Mas enfim, dessa vez é mais light, mais comédia que drama, pelo menos a meu ver.
Década de 70. Bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath, Rolling Stones, Deep Purple, The Doors… todos sabemos que a década de 70 foi recheada. Foram os anos áureos do Rock, não foram? Particularmente, o Rock Progressivo dos anos 70 não me agrada muito, mas tenho que reconhecer que essas bandas (e muitas outras) têm um papel de grande importância na história do Rock. Agora imagine um menino de 15 anos, terminando o high school precocemente, sem amigos e com uma mãe (professora de Psicologia numa universidade – oi?) super controladora, no início da década de 70 e que ainda por cima curte essa coisa subversiva chamada Rock’n Roll?! Pra mim a empatia pelo personagem começa a surgir aí, só que ao contrário: no filme Will (Patrick Fugit) herda os discos de rock da irmã Anita (a lindinha da Zooey Deschanel) que foge de casa por não agüentar mais a mãe; no meu caso eu não fugi de casa, mas deixei o legado da música pro meu irmãozinho, hehe!
Mas enfim. Numa oportunidade dada por um crítico de uma revista sobre música (Philip Seymour Hoffman) ele vai até um show pra tentar entrevistar o Black Sabbath quando dá de cara com uma de suas bandas favoritas, o Stillwater. Daí ele recebe uma chance da Rolling Stone pra escrever uma matéria sobre a tour dos caras e vai com eles na “Almost Famous Tour 74”. Conhece as band aids, que diferentemente das groupies elas acompanham a banda por amor à música e à banda, e não pelo sexo. Dentre elas Penny Lane (Kate Hudson) chama sua atenção por seu jeito apaixonado e ao mesmo tempo desencanado de ver o mundo da música, que ela distingue quase que perfeitamente do que ela chama de “mundo real”. Mas Penny Lane vive uma história com Russell Hammond (Billy Crudup), o guitarrista da Stillwater, seu ídolo, com quem ele caba tendo uma relação quase de amizade.
“O que você mais ama na música?” É a primeira pergunta que faz Will a Russell quando vai entrevistá-lo. Vai dizer que você faria diferente? Você não gostaria de saber o que seu ídolo mais ama na música, o que faz com que ele toque com tanta paixão e transmita tantas coisas boas através de sua música? Bom, quando eu tive a oportunidade de perguntar alguma coisa a alguns de meus ídolos o máximo que saiu foi um “Hi” muito do envergonhado, mas enfim, não é sobre mim que estamos falando.
Mas poderia ser! Aliás, o mais curioso do filme é que é uma semi-auto-biografia do diretor Cameron Crowe, que também escreveu o filme. Foi ele que foi atrás do Led Zeppelin, do The Allman Brothers Band, do The Eagles e do Lynyrd Skynyrd em turnê pra escrever uma matéria pra Rolling Stone. Tá isso, eu não fiz, mas…no filme Crowe conta como é a vida de uma banda de rock emergente: os conflitos, as dorgas, as paixões…tudo. Sexo, drogas e rock’n roll de verdade! Afinal, não é sobre isso que é o rock?
O rock é diversão, sim. Mas é mais, é transcender barreiras (sociais, culturais, geográficas), é passar mensagens positivas, e também mostrar o que há de negativo. É criticar quem merece ser criticado, e ajudar quem precisa. Pra mim, rock é vida. E é isso que eu mais amo na música.
E você? O que você mais ama na música?
Feliz Dia Mundial do Rock. Divirtam-se.
P.S.: Não podemos esquecer da já épica (e maravilhosa) cena do ônibus, já mencionada pelo 2t no post sobre músicas em cenas de filme. Assista a cena, assista o filme e agradeça ao Elton John e ao Cameron Crowe pela cena!
Trailer: