Quem foi criança na década de 1980 tinha uma certeza: queria ser um Goonie. Imagine juntar um grupo de amigos, um mapa do tesouro, uma série de perigos pelo caminho, uma família mafiosa com ascendência italiana, piratas e a entrada para o mundo adulto. O filme é de 1985 e teve o argumento e a produção executiva de Steven Spielberg que – ame-o ou odeie-o, fez um trabalho marcante em Os Goonies.
Os amigos Mickey, Bocão, Bolão e Dado estão prestes a se separar, já que seus pais terão de vender suas casas a uma empreiteira. No último dia juntos, encontram um mapa e partem em busca do tesouro do pirata Willy Caolho. No caminho, juntam-se a eles Brand, irmão de Mickey, e as garotas Andy e Stef. Enquanto seguem as orientações do mapa, eles enfrentam os Fratelli, liderados pela Mama, que dirige a família com mão de aço. Dos Fratelli, só se salva Slot, o irmão rejeitado, que encontra a amizade verdadeira ao lado do Bolão e, assim, dá uma mini-lição de moral sobre inclusão social e convivência com as diferenças.
Há partes muito legais em Os Goonies. Como quando os Fratelli capturam o Bolão e resolvem torturá-lo para que conte sobre o tesouro. Bolão, chorando, conta toda a sua vida e as coisas que aprontou na escola e na vizinhança. Jake Fratelli escuta, fascinado. E tem as armadilhas de Willy Caolho, o órgão feito de ossos, Bocão apresentando para a empregada Rosalita, em espanhol, as normas da casa de Mickey, o primeiro beijo de Mickey e a música tema de Cindy Lauper.
Os Goonies é o quarto filme de Corey Feldman, um dos atores queridinhos da década de 1980, que participou também do vampiresco Garotos Perdidos, do road Conta Comigo e do divertido Sem licença para dirigir, todos filmes voltados para o público infanto-juvenil.
Pra quem viveu a infância na década de 1980, é impossível rever o filme sem se emocionar com a busca dos Goonies.