QUANDO VI O TRAILER, SÓ PENSEI: Vai ser um daqueles filmes brasileiros pretensiosos e chatos. Porém rolaram as primeiras críticas (bem positivas) e a oportunidade de ver o filme veio como uma boa surpresa. Como não estava fazendo nada mesmo, por que não dar uma chance para a ficção-cientifica que mais parece uma comédia romântica?
Vamos começar dizendo que Wagner Moura e Alinne Moraes fazem parte da exceção de uma geração de atores limitados. E como o filme basicamente gira em torno deles, isso faz toda a diferença. A história não tem nada de extraordinário: um cientista decepcionado com a vida, resolve usar uma máquina de aceleração de partículas para voltar ao tempo e dizer ao seu eu jovem o que vai acontecer e tentar mudar sua história de fracasso.
Nisso envolve um grande amor e basicamente é por isso que se arrisca. Já vimos isso em um monte de filme, até com melhores efeitos especiais. Os clichês estão lá: cientista maluco tem que ser desarrumado e usar óculos, o nerd tem que ter cabelo muito bem penteado e ser um idiota, a loira tem que ser burra (primeiras cenas do filme), todo mundo te responde com certa naturalidade seu cotidiano quando você volta no futuro etc. Mas ter um monte de clichê não significa que seja ruim.
O filme é uma graça. A história, com todos os muito detalhes que são apresentados, é acolhedora. Sem perceber, você está envolvido, torcendo e cantando as músicas que tocam ao fundo. E quando acaba, se lembrará com carinho de algumas cenas. E grande parte disso vale pela química do casal Moraes e Moura.