De Guel Arraes, baseado na peça homônima de Ariano Suassuna, com Matheus Nachtergaele, Selton Mello, Diogo Vilela, Denise Fraga, Rogério Cardoso, Lima Duarte, Marco Nanini, Fernanda Montenegro, de 2000.
O Auto da Compadecida é, antes de tudo, um clássico da literatura brasileira. Escrito em 1955, conta a triste história dos jagunços nordestinos que passavam fome mas não perdiam a vontade de viver. É um povo que se apóia na fé, no “padin Ciço”, no destino que Deus traçou. Dois desses jagunços são João Grilo e Chicó, o mais covarde e o mais mentiroso do sertão, respectivamente.
O filme conta as peripércias da dupla, que sempre arrumam um jeito de sobreviver à fome e às outras mazelas da vida. João Grilo, utilizando a cabeça, engana mas não mente; passa a perna no padre, no padeiro e até no cangaceiro. Chicó é um pobre diabo que de medo treme mais que vara verde; sua força é a fé e o coração mole.
De um modo super divertido, acompanhamos a saga dos dois, desde as enganações bem sucedidas, até o encontro de João Grilo com o coisa-ruim, a intervenção de Nossa Senhora, e a redenção. No fim, é a honestidade do povo simples e sofrido que nos dá uma “lição”. Recomendo demais!
Vale 4 caipirinhas!
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