Uau. Ok. Preciso recuperar a vida antes de começar a falar sobre esse filme. É estranho como certas histórias nos atingem de maneiras diferentes. Talvez o contexto, talvez as entrelinhas,… quem sabe. O fato é que a maioria dos posts que fiz aqui levam muito de mim. Esse, de uma certa maneira, me “contém”.
Primeiramente, antes de tudo, esse post é dedicado ao João, por motivos que só nós entendemos. Me apropriei de uma sessão sua, e de um filme que espero que você assista e dê seu parecer, melhor que o meu com certeza.
Dirigido, produzido, editado, escrito e estrelado por Vincent Gallo, The Brown Bunny causou muito furor na sua estréia em 2003, no Cannes. Não é por menos. (Nada de spoilers).
Bud Clay está perdido. Angustiado, melancólico, triste, só. Sua vida segue uma rotina mecânica: acordar, comer, dormir. Sem vontades, sem razões. Um vazio imenso o preenche, e ele tenta livrar-se disso buscando prazeres. Mas ele só encontra reflexos seus, por onde quer que vá.
The Brown Bunny é um filme difícil de acompanhar. Com poucos diálogos, é muito introspectivo e expressivo. Mas é nisso que ele se torna o que é. Sei que muitas pessoas vão se identificar com o personagem principal. E não tenho mais palavras para descrevê-lo. Assista.