Filmes sobre catástrofes naturais não são nenhuma novidade na história cinematográfica. Do mesmo modo, cineastas e estúdios investem na combinação entre desastres ambientais, ficção científica e ameaça extraterrestre para levar fãs do gênero às salas de cinema. Moonfall – Ameaça Lunar, distribuído pela Diamond Films, estreou no Brasil dia 3 de fevereiro.
Dirigido e co-escrito por Roland Emmerich, de Midway – Batalha em Alto Mar, Moonfall inicia com os astronautas Jocinda Fowl, interpretada por Halle Barry, Brian Harper, vivido por Patrick Wilson, em uma missão da NASA na lua. O que aparentemente seria apenas uma atividade de rotina, se tornando um acidente quando uma força misteriosa ataca a nave deles e acaba matando um de seus colegas.
O acontecimento repercute negativamente na vida de Brian, que foi acusado de negligência e perdeu seu emprego. Após anos do ocorrido, a NASA descobre que a Lua saiu de sua rota e pode colidir com a Terra. Nesse momento, Jocinda, agora diretora da instituição, tenta reunir todos os esforços para impedir o fim do mundo e convoca seu ex-colega Brian na tarefa.
Os motivos para que Brian aceite voltar ao espaço são extremamente pessoais: ele quer ajudar o filho rebelde que está preso. É notável que essa narrativa é um tema recorrente na filmografia de Emmerich. De forma semelhante, em Um Dia Depois de Amanhã (2004), o personagem de Dennis Quaid enfrenta o congelamento da Terra e atravessa os Estados Unidos para resgatar o filho.
Além disso, em Moonfall também é mostrada a atuação dos governos, principalmente o governo americano, para lidar com eventos apocalípticos. O filme, sem se aprofundar muito, critica a postura das autoridades, que decidem se esconder e proteger, deixando o trabalho de salvar o mundo para um pequeno grupo de pessoas.
Entre essas pessoas, está o carismático KC Houseman (John Bradley), que a princípio parece ser apenas o alívio cômico do filme, porém, seu personagem ganha destaque com o decorrer da trama e se torna uma importante adição ao grupo de astronautas-heróis. Ele, que ao divulgar teorias da conspiração, chama a atenção de Brian e Jocinda, e assim, o convidam para a equipe da NASA.
Nessa segunda parte do filme, quando todos os conflitos estão estabelecidos, a ficção científica se intensifica. As resoluções são bem imaginativas e o filme mistura inteligência artificial e tecnologia com a ancestralidade da raça humana, fato que talvez incomode os mais puristas. Embora não traga grandes novidades para o subgênero, Moonfall consegue divertir nas suas duas horas de longa.
Os personagens são agradáveis, ainda que os coadjuvantes não tenham tanto destaque. As sequências de ação e destruição do planeta são boas, considerando o uso de efeitos especiais e CGI. Moonfall não pode ser levado a sério ao extremo, deve ser encarado como uma opção de entretenimento e, sabemos que, histórias sobre o fim do mundo, plausíveis ou não sempre conseguem seus fãs.