Faz 40 anos desde que disseram que o homem pisou na lua. Na época o presidente dos Estados Unidos era Richard Nixon e frente à guerra fria, não teria sido nenhuma má ideia tentar criar uma lenda de que Neil Armstrong havia pisado na lua. Afinal, quem é que iria contestar o país que conseguiu “dominar” aquele queijo gigante que é sempre um constante elemento romântico. Jim Carrey em Todo Poderoso que o diga.
Pois bem. Depois de assistir Moon, estrelado pelo ator Sam Rockwell, acho que posso acreditar que a lua realmente já não é um território inexplorado. Pelo menos no cinema. Stanley Kubrick chegou a ser acusado de ser o responsável pela viagem do homem à lua, em uma referência a 2001 – Uma Odisséia no Espaço, mas o diretor Duncan Jones (também conhecido como o filho do cantor David Bowie) tornou o sonho real. Sam Rockwell está genial como o astronauta que tem como única companhia um robo (com a voz de Kevin Spacey) até descobrir que as coisas não são exatamente como parecem. Mas tenha calma! Não é uma outra farsa, o personagem está mesmo na lua. O problema é outro e não irei revelar para não ser chato.
Com claras referências ao já citado 2001 – Uma Odisséia no Espaço e de outro clássicos de ficção científica, o jovem Duncan Jones mostrou que é mesmo um fã do gênero. E muito talentoso, visto que conseguiu um excelente resultado com orçamento de apenas U$5 milhões. A missão não deve ter sido muito simples: como tornar interessante a história de um astronauta que tem como único amigo um robo e não consegue se comunicar com sua família na Terra? Uma boa dose de suspense é injetada a partir do momento em que o personagem sofre um acidente e tem uma revelação surpreendente. A trilha sonora ajuda bastante, assim como as cenas em que Rockwell passeia pela superfície da lua. Porém nada tem mais força que a atuação brilhante do ator. Este é um daqueles filmes para se deliciar sem pressa e com a cabeça, literalmente, na lua.