O CINEMA DE BUTECO ADVERTE: A crítica de John Wick: Baba Yaga possui spoilers e deverá ser apreciada com moderação.
KEANU REEVES É A ENCARNAÇÃO DE PERSONAGENS ICÔNICOS DA HISTÓRIA DO CINEMA. Do agente do FBI Johnny Utah em Caçadores de Emoção até John Constantine, Bill e Ted, e, claro, Neo em Matrix. Com a franquia John Wick, adicionou mais um personagem inesquecível. Além de uma das melhores franquias de ação dos últimos tempos.
Dito isso, é um pouco frustrante pensar no derradeiro quarto filme da franquia. Com três horas de duração que fazem parecer dezenove. Ou trinta. Sei lá. Tudo parece excessivo em John Wick: Baba Yaga. O virtuosismo das sequências de ação ignora aquela máxima de menos é mais. A consequência é uma obra que se prejudica por valorizar demais seus pontos mais positivos.
O novo filme parte dos eventos vistos no anterior, com Wick buscando vingança contra todos aqueles que o traíram. Novos personagens são introduzidos, como o Trakker e o assassino Caine, dupla encarregada por tentar segurar a fome de vingança de John Wick.
Durante as suas trezentas horas, John Wick: Baba Yaga realmente evolui o que mostrou de melhor nos três filmes. São sequências de ação muito bem construídas, daquelas que deixam qualquer apaixonado por obras de ação empolgados do começo ao fim. Além de boas cenas de luta e tiroteio, temos também uma atenção especial para os dramas e motivações dos personagens.
Enquanto John Wick busca a sua redenção e a chance de cair fora de vez do mundo de mortes, Caine tenta se ver livre das chantagens e pressão da organização criminosa responsável por todos os problemas que surgem. Ele é forçado a perseguir o antigo colega, mesmo com toda a relação de respeito entre eles.
John Wick: Baba Yaga poderia ser menor se reduzisse a sessão de pancadaria sem fim. Por mais legais que sejam, no final das contas parece mais uma punheta de pólvora sem final feliz.
PS: Não é Marvel, mas tem cena pós-créditos. Fique de olho!