Invasão a Casa Branca

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VAMOS SER BEM SINCEROS E OBJETIVOS AQUI, ok? Gerard Butler comandou um exército de 299 guerreiros espartanos contra a fúria de um tirano e quase venceu. Se ele tivesse a mira mais calibrada não teria errado o alvo por questão de centimetros. Nem todo mundo é bom como o Nicolas Cage ou Chuck Norris. Paciência. De qualquer maneira, Butler é um ator carismático e com experiência em histórias de ação. O problema é querer transformar o cara na versão moderna do Bruce Willis. Não dá, gente. Não dá.

Melhor teria sido fazer Duro de Matar 6: Invasão a Casa Branca e deixar John McClane chutar o traseiro de todos os terroristas malvados que tomam o símbolo político dos Estados Unidos. Teria sido muito mais divertido, pois teria o humor que faltou para fazer o longa-metragem de Antoine Fuqua (Dia de Treinamento) ser mais do que uma espécie de vídeo-game com o herói invencível.

A trama de Invasão a Casa Branca apresenta Mike Banning (Butler), como um ex-segurança pessoal do Presidente Asher (Aaron Eckhart). Ele precisa voltar ao seu trabalho depois que um grupo de terroristas toma de assalto a Casa Branca e consegue manter o Presidente como refém. A intenção do grupo é conseguir os códigos de liberação das ogivas nucleares norte-americanas e destruir o país. Banning acaba sendo a única esperança dos militares para evitar o pior.

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Cheio de lugares comuns irritantes em filmes de ação, o filme chega a irritar em alguns momentos. Um exemplo é o momento em que o agente traidor se denuncia de maneira imbecil. O espectador que vai atrás de Invasão a Casa Branca sabe que se trata de uma obra de ação desmiolada, mas é preciso um mínimo de bom senso e respeito com a inteligência do público. Banning é uma verdadeira máquina de matar. Inabalável e indestrutível, quase como uma versão do Exterminador do Futuro. O problema é que ele deveria ser humano e não um robô perfeito.

A trilha sonora na introdução é irritante. Na verdade, a trilha inteira me deixou irritado. Há uma enorme necessidade de convencer o público da grandeza da Casa Branca e seus representantes. Em certos momentos, você se sente como se estivesse assistindo algum filme do Michael Bay, tamanho o exagero.

Mesmo com tantos defeitos, e a ausência injustificável de Bruce Willis como herói (porra, gente!), o filme merece um elogio pela sequência brutal da invasão nos gramados da Casa Branca. Fuqua não economizou na violência e destruiu sem dó os homens responsáveis pela segurança do local. O ataque é orquestrado de maneira eficiente, dividido em várias fases. Mesmo com toda a organização dos inimigos, fica a impressão de que os norte-americanos são uns punheteiros incapazes de se defender. Polêmicas a parte, é o único momento realmente de tirar o fôlego de Invasão a Casa Branca.

A Casa Branca será vista novamente nos cinemas ainda em 2013, com o lançamento de Ataque à Casa Branca, de Roland Emmerich. Pois é. Nem se deram ao trabalho de esperar um pouquinho ou mesmo trocar o título, que é praticamente idêntico. Fica a expectativa para descobrir se a Casa Branca será invadida com mais classe ou não. Aliás, o blog do Doutor Caligari fez um post especial com as diversas oportunidades em que Hollywood resolveu destruir as estruturas da casa branca mais famosa do mundo. Clique aqui para ler.

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Nota:[duas]