Crítica: The Rezort (2015)

O UNIVERSO DOS ZUMBIS COSTUMA RENDER DOIS TIPOS DE FILMES: os bons e as bombas. Salvo algumas poucas exceções que ficam no meio termo agradando alguns e desagradando outros, a maioria pode ser facilmente enquadrada nessas duas categorias.

O que me irrita muito é quando acontece de encontrar uma premissa surpreendente e atraente sendo transformada num longa-metragem medíocre, como é o caso de The Rezort, de Steve Barker. A trama se passa num mundo pós-apocalipse zumbi, em que os infectados são levados para uma ilha deserta e se tornam atração de um parque para quem gosta de atirar e explodir miolos alheios.

É isso mesmo: decidiram misturar a ideia original de Jurassic Park com os mortos-vivos, especialmente aqueles criados por Danny Boyle em Extermínio e re-imaginados por Zack Snyder em Madrugada dos Mortos. Os zumbis de The Rezort são rápidos e atacam agressivamente, mas não há qualquer cuidado em apresentar maiores detalhes sobre eles. Não que isso seja um problema, óbvio, pelo contrário, mas como os próprios protagonistas recebem um tratamento fuleiro fica um desconforto de que falta alguma coisa.

A premissa lembra bastante o conceito de zumbis de Fido: O Mascote, de Andrew Currie, que é extremamente bem escrito e dirigido, além de divertido. Elementos praticamente ignorados em The Rezort. A atuação definitivamente sequer merece comentários. Não há nada que funcione realmente bem no longa-metragem, exceto a sua ideia. E isso não sustenta filme nenhum.

Enquanto assistia The Rezort e me frustrava cada vez mais em como estragaram uma ideia tão boa, lembrei de quando vi Quarentena 2: Terminal (2011). Vi com a intenção de me torturar com coisas ruins (sou desses que realmente assiste a filmes ruins para produzir listas de qualidade no final do ano) e acabei surpreendido com um puta filme de baixo orçamento e eficiente. Quis acreditar que The Rezort me ofereceria experiência parecida, mas…