Empire Records – Sexo, Rock e Diversão

Se eu fosse obrigado a dizer um filme parecido com Alta Fidelidade, provavelmente a primeira lembrança seria Empire Records. Pena que as semelhanças parem na premissa de contar a história de uma turma de vendedores de lojas de discos. Enquanto Alta Fidelidade conta com atuações inspiradas de John Cusack e Jack Black, além de ser baseado em um livro do Nick Hornby, o coitado do Empire Records se firma apenas na sensualidade do trio de atrizes (todas semi-desconhecidas na época), no humor idiota e na simples missão de ser um divertimento bobinho para os fãs de música. Sem falar, claro, no título bizonho que a produção recebeu no Brasil. “Sexo, Rock e Diversão” é horrível, mas acerta ao traduzir o conceito do filme.
O filme tenta mostrar um pouco do espirito adolescente em suas mais variadas formas. Existe a bonitinha delinquente (ok. todos eles são delinquentes) que tenta se matar; existe a lindinha que quer perder a virgindade com o ídolo; existe o bonitinho que quer se declarar para a lindinha e não sabe como; existe a doidinha que dá para todo mundo apenas para alimentar a falsa ilusão de que tem companhia; um potencial futuro sociopata biruta que acha que vai ser o próximo Kurt Cobain; um poser que se acha gostoso, mas que não atrapalha ninguém; e claro, o adolescente zen que consegue ver as coisas com uma maturidade além do normal. Todos esses personagens são extremamente caricatos e o resultado final soa como um filme idiota feito para adolescentes. Ok. Adolescentes podem ser idiotas, mas me incomoda um pouco ver a falta de naturalidade de algumas cenas e personagens.
Mas como quem se sujeita a ver esse tipo de filme não espera muita coisa inteligente, a diversão é garantida. Um daqueles filmes toscos que nós amamos sem ter vergonha. São três caipirinhas.