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A musicalidade divina de Ludwig Van Beethoven, um gênio incompreendido, que inspirou vários compositores posteriores é contada nesse filme de Agnieszka Holland, que mistura realidade e ficção.
Um homem perturbado, que não aceita erros, mas que com a chegada de uma transcritora, Anna Holtz, vai se tornando uma pessoa mais aberta e fácil de lidar. No início, Anna se assusta com o jeito de seu maestro, achando que a proximidade dele significa segundas intenções. Mas depois ela entende que Beethoven, um homem surdo, precisa estar perto para compreender sua alma.
Por ser uma pessoa enérgica, Anna consegue entender que precisa ser franca com ele. A verdade tem que ser dita, direta e dolorosa. Dessa maneira, vai conquistando a confiança e o carinho de seu maestro.
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“Solidão é a minha religião“.
“-Por que você é tão franca comigo, Anna Holtz?
-Porque eu te considero um dos maio…
-Não me adule! Por que você deseja estar perto de mim?
-Porque me faz acreditar que eu entendi a música corretamente.
-Música?
-A vibração no ar da respiração de Deus fala à alma dos homens. Música é a língua de Deus. Nós músicos estamos o mais perto que os homens podem estar de Deus. Nós escutamos a Sua voz. Nós lemos os lábios Dele. Nós damos à luz aos filhos de Deus. Cantamos suas preces. Isso é o que os músicos são, Anna Holtz. E se não estamos lá, não somos nada.“
“-Consegue imaginar o que é viver em silêncio? Não é viver a verdade. Minha cabeça está constantemente cheia de som. Nunca pára. Eu nem viveria se não os escrevesse. Deus infestou minha cabeça com música. Então o que ele fez? Me deixou surdo. E nega-me o prazer que deu a todo mundo. Escutar meu trabalho. Esse é um Deus amoroso?“
Confesso que ouvir apenas 11 minutos da mais famosa sinfonia de Beethoven, a 9ª, que contém 74 minutos (e dizem ser esta a origem do cd ter 74 minutos) me arrepiou por completo. Os 11 minutos finais, o ápice, o clímax, é de perder o fôlego. Fechar os olhos e sentir a música, compreender a criação perfeita de uma pessoa surda. Uau.
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O filme conta os 3 últimos anos de sua vida. Onde surgiram as maiores composições. Com Ed Harris interpretando excelentemente bem um Beethoven desgastado, velho, sujo e rabugento, e com Diane Kruger interpretando uma corajosa Anna Holtz, determinada a seguir seu sonho. (Só pra constar, Anna Holtz é uma personagem fictícia).
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Quem gosta de música clássica irá se deliciar. Quem não gosta, que assista o filme pela curiosidade incessante de saber: qual é o segredo de Beethoven?
Ficha Técnica
Título Original: Copying Beethoven
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 104 minutos
Ano de Lançamento (EUA / Alemanha): 2006
Direção: Agnieszka Holland
Roteiro: Stephen J. Rivele e Christopher Wilkinson
Produção: Sidney Kimmel, Stephen J. Rivele, Michael Taylor e Christopher Wilkinson
Fotografia: Ashley Rowe
Trailer:
*Se sua internet é boa, vale a pena conferir um pedaço da 9ª Sinfonia: