Donnie Brasco

O chato desses filmes de espionagem, agentes infiltrados e essa coisa toda, é aquele sentimento ruim de trairagem que inevitavelmente vai rolar. Até que ponto devemos fazer o nosso serviço com frieza, fingindo nos envolver e então dar uma facada nas costas de quem esteve nos ajudando e querendo bem? Este é um dilema complicado: o serviço ou a amizade, o respeito, a admiração? E nem precisa ser um agente secreto do FBI para passar por uma provação dessas. Todo mundo aqui já deve ter vivido ou presenciado alguém bancando o bonzinho, quando na verdade se trata do maior safado duas caras do mundo.

Em um papel que lembra bastante a sua participação no seriado Anjos da Lei, Johnny Depp vive um agente do FBI que se infiltra no coração de uma família mafiosa e conquista a atenção de Al Pacino, que acaba virando o tutor do cara na organização. O problema desse trato é que Depp vira responsabilidade de Pacino, ou seja, se o cara der um passo em falso, quem vai sofrer as consequências é o seu responsável. No começo é tudo mais fácil, não existe envolvimento, mas o tempo passa e as coisas mudam.

Donnie Brasco é baseado em uma história real, o que torna a pilantragem ainda mais escrota. A cabeça do personagem ainda está cotada no valor de $500 mil. Acho pouco.

Quatro caipirinhas.

Ficha Técnica:
Donnie Brasco
1997)
Dirigido:
Mike Newell
Roteiro: Paul Attanasio
Genêro:
Drama
Elenco:
Johnny Depp , Al Pacino