O poster acima é um dos mais interessantes que já vi. Não apenas pelo erotismo óbvio, mas por conseguir ser altamente sensual e bonito. O contraste das cores e o destaque ao vermelho, a cor da luxúria, torna tudo ainda mais atrativo. Mas não é apenas o poster que vale a pena. A produção espanhola é realmente interessante e não cai nos enganos de outros filmes europeus com assuntos semelhantes.
Antes de me aprofundar na trama de Diário Proibido (ou Diário de uma Ninfomaníaca), devo avisar que não se trata de um filme pornográfico. Acho que nem mesmo se encaixaria no gênero erótico. A história da bela Valerie é baseada no diário pessoal de Valére Tasso. Ou seja, trata-se de uma história real. Valerie realmente existe e desde os 15 anos de idade mantém esse vício por sexo, mais conhecido como ninfomania.
O filme aborda a discussão sobre os valores morais da sociedade. “Se um homem come várias, é garanhão. Se a mulher faz o mesmo, é puta”. Quem nunca ouviu isso antes? Provavelmente este seria um post mais interessante se estivesse nas mãos de uma mulher, mas vou me esforçar em tentar explicar/analisar a trama. Comparações poderiam ser feitas com o clássico Crime e Castigo de Dostoievski, pois a avó materna de Val a aconselha a fazer o que realmente tiver vontade, pois do contrário, ela iria se arrepender depois. Val leva a vida da forma que quer, com a patologia do sexo, decidida a realizar todas as suas fantasias e ser sempre uma amante insaciável. E quando digo insaciável, não exagero. Ela libera geral e ainda se amarra em provocar o coitado do vizinho adolescente. Após perder um de seus amantes favoritos, ela percebe que é hora de se apaixonar de verdade.
Eis que tem inicio um dos pontos altos da história. Após se apaixonar de verdade por um otário qualquer e sofrer a primeira desilusão verdadeira em sua vida, Val entra de cabeça no mundo da prostituição. Sim. Por curiosidade, desejo, necessidade, vontade (a gente não quer só comida…), ela se transforma em uma puta de luxo por um certo período, até perceber que o casamento não se diferencia tanto da prostituição. Ambos funcionam como forma de se sujeitar às ordens de alguém. Depois que um cliente deficiente fisico a faz enxergar que é preciso viver todos os dias intensamente, ela abandona a prostituição e parte em busca de outras coisas que a façam se sentir viva.
Pode ser beeeeeem clichê, mas achei genial e indico para todo mundo que quiser ter uma visão diferente do que é a prostituição e a chamada promiscuidade feminina. Recomendo demais!