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Crítica: Escape Room (2019)

poster escape roomO CINEMA DE BUTECO ADVERTE: A crítica de Escape Room possui spoilers e deverá ser apreciada com moderação.

VOCÊ JÁ VIU ISSO ANTES. Seis estranhos se encontram presos num labirinto mortal cheio de salas misteriosas e precisam encontrar formas de sobreviver na medida em que o jogo avança.

Confesso que até tinha esperanças de ver algo inventivo e eficiente. No entanto, a realidade é cruel e se trata de uma tentativa de releitura de Jogos Mortais – se o Jigsaw fosse o Tony Stark.

Logo na introdução observamos um jovem preso dentro de uma sala, cujas paredes começam a se mover uma na direção da outra. A única alternativa é tentar resolver um quebra-cabeça. Como toda a sequência não foi o suficiente para me ganhar, imaginei que o restante da história seguisse o mesmo caminho.

Os personagens são bobinhos e seus conflitos foram incapazes de criar o básico do envolvimento na relação com o público. Sem esse sentimento de empatia, é raro a gente sentir alguma coisa por aqueles que estão em cena. Nem mesmo a presença da minha musa Deborah Ann Wolf foi o suficiente para que a produção tivesse a minha atenção completa.

Existem os velhos estereotipos que estamos acostumados no gênero e sinceramente, não sei você, mas às vezes é cansativo sentir que estou vendo algo que já vi antes. O mesmo tipo de personagem arrogante, tímido, nerd, machão, gostosona, inteligente etc. De vez em quando funciona. Outras vezes causa tédio.

Escape Room é um filme de terror com altas tentativas de suspense – que se não funcionaram pra mim, fizeram sucesso com a maioria do público. O que explica essa recepção positiva é a carência de narrativas que revivam as antigas fórmulas que funcionaram em outras franquias bem-sucedidas da indústria. Pois não há novidade nenhuma em cena aqui.