Cazaquistão… O que vem à sua mente quando alguém menciona este país?
Sem ter medo de parecer bobo ao responder, eu diria guerras, árabes, terroristas, armas, pobreza e pau quebrando. Isto claro antes de ter assistido BORAT, uma obra prima do humor negro.
Borat é o nome do personagem encarnado por Sacha Baron Cohen,que é considerado o segundo melhor repórter do Cazaquistão e graças a isto consegue um patrocínio do governo para viajar aos Estados Unidos junto com seu produtor para a realização de um documentário que fosse capaz de ensinar ao Cazaquistão lições tiradas do “melhor país do mundo” e assim fazer com que este se tornasse “o segundo melhor país do mundo”.
Parece bobo não é mesmo? Seria não fossem as situações em que Borat se envolve realizando entrevistas com seu sotaque extremamente carregado, usando a sua “cultura” como um escudo para se defender em situações consideradas absurdas como entrevistar um grupo de feministas e afirmar que os cientistas do Cazaquistão conseguiram provar cientificamente que o cérebro das mulheres era muito menor do que o dos homens, e ainda mais absurdo ao dizer “Só teríamos tantas mulheres juntas no meu país se estivéssemos em uma zona ou em uma vala comum”.
Para esclarecer, a graça não esta bem nas declarações de Borat, mas na reação dos entrevistados, uma vez que eles achavam que de fato estavam sendo entrevistados por um repórter do Cazaquistão para a gravação de um documentário e para isso assinaram um termo de consentimento padrão que descrevia o filme como um documentário que tinha como objetivo atingir audiência de adolescentes utilizando conteúdo e formatos de entretenimento ( e de fato não deixa de ser).
Mas o filme não se trata apenas de entrevistas picadas, a ideia inicial do intercâmbio cultural seria de que Borat ficasse apenas em Nova York, mas ele acaba se apaixonando por ninguém mais ninguém menos que Pamela Anderson, e após receber um telegrama informando que sua esposa havia sido comida por um urso (literalmente), ele decide atravessar os Estados Unidos para encontrar sua nova futura esposa na Califórnia.
Atravessar os Estados Unidos para encontrar com uma estrela de Hollywood e se casar com ela em si já é uma ideia absurda, só não é mais absurda do que fazer isto de carro, pois Azamat (Kevin Davitian), o produtor do documentário de Borat, teme andar de avião nos E.U.A. após os ataques de 11 de setembro, pois segundo ele os ataques foram realizados por Judeus.
Se você gosta de um humor negro, este filme é extremamente recomendado. Caso não goste ou não tenha estômago forte nem tente, vai ser uma perda de tempo.
p.s.: Se quiser ler sobre o outro filme de Sacha Baron Cohen Brunö é só clicar aqui
Nota: