Baseado em um romance de Michael Crichton, Assédio Sexual não é um filme que gira em torno do tal “crime”. Existem várias conspirações ao fundo para tirar o personagem de Douglas da empresa e o truque de Demi Moore foi apenas mais um deles. Talvez este seja o maior defeito da produção. É criada toda uma expectativa relacionada à abordagem deste tema polêmico e bem, não temos absolutamente nada de interessante. Uma pena.
Uma coisa interessante seria discutir o que é o assédio sexual. Mas deixo aberta a discussão para os comentários. Usem e abusem. De qualquer forma, acho isso uma desculpa furada de pessoas reprimidas. Uma coisa é forçar alguém e outra é incomodar. A gente é incomodado o dia inteiro com várias coisas banais como o vizinho escroto que escuta axé de manhã ou o pedreiro que resolve cantar a sua namorada. Nós tomamos providências? Não, principalmente porque não moramos no bairro do salgado e estamos bem distantes do padrão de comportamento de figuras miticas como Lindomar, O Subzero brasileiro; Jeremias José e várias outras personalidades das redondezas. Não estou dizendo que é permitido chegar e bolinas a sua colega de sala peituda, mas toda a situação de assédio fica superestimada às vezes. Se a tal turbinada não está nem aí para você, desencane. Mas se não for o caso, qual o problema em arriscar? Nunca se sabe o que pode acontecer. Os relacionamentos são como o jazz: sempre uma surpresa. Além do mais, quem provoca tem que saber medir as consequências. (que venham as pedras)
Assédio Sexual (Disclosure, 1994)
Dirigido: Barry Levinson
Roteiro: Paul Attanasio, baseado em livro de Michael Crichton
Genêro: Suspense
Elenco: Demi Moore , Michael Douglas
Trailer