
Entretanto, mesmo com as proezas visuais, a trama enfrenta desafios ao manter a coesão em relação ao primeiro filme, o que pode decepcionar um pouco após uma primeira hora empolgante. À medida que o enredo se aprofunda no multiverso e este começa a entrar em colapso, a história também apresenta alguns sinais de fraqueza.
Uma das características marcantes de Spider-Verse 2 é a sua trilha sonora excepcionalmente composta por Daniel Pemberton. Apesar de ser de alta qualidade, houve uma pequena decepção ao constatar a ausência de músicas icônicas, como “Sunflowers” e “What’s Up, Danger”. No entanto, a trilha sonora se mantém boa, embora não traga inovações significativas, não conseguindo superar a genialidade do seu antecessor.
Uma escolha acertada foi dar maior destaque à personagem Gwen, interpretada por Hailee Steinfeld. Sua história dentro do filme é capaz de emocionar profundamente o espectador em um curto espaço de tempo, adicionando uma camada de profundidade e desenvolvimento à narrativa.
Homem-Aranha Através do Aranhaverso não desaponta em entregar um espetáculo visual magnífico, com a exploração dos multiversos e a presença cativante de uma variedade de “Homens-Aranha”. Embora a trama não tenha a mesma coesão do primeiro filme e apresente alguns momentos de fraqueza ao se aprofundar no multiverso, a experiência cinematográfica global continua sendo empolgante e inesquecível. A trilha sonora, embora não tão inovadora quanto o esperado, é bem executada por Daniel Pemberton.
Por fim, a obra se consolida como uma sequência visualmente deslumbrante, mesmo que apresente algumas falhas narrativas pelo caminho.