Filme: Minions

minions crítica

Como não amar os Minions? Eles são muito, mas muito fofos e simpáticos e isso conquista o coração dos espectadores, não tem jeito. Esses personagens amarelos conquistaram o público em Meu Malvado Favorito, só que chegou a hora de ganharem um filme só para eles. Em Minions (Minions, EUA, 2015), conhecemos sua origem no mundo e seu encontro com dois vilões que vão dar trabalho e sofrer com eles, mesmo que sem querer por parte dos Minions – eles são leais, mas bem desastrados. O resultado não é incrível ou marcante, vou ser sincera. Só que, para quem os ama, vale a pena aproveitar a oportunidade para passar um tempinho a sós com eles no cinema.

O trailer quase que revela totalmente os primeiros minutos da animação dirigida por Pierre Coffin e Kyle Balda: a chegada dos Minions ao planeta, sua relação com os dinossauros, homem das cavernas, drácula, faraós, revoluções, entre outros. No entanto, quando eles ficam deprimidos pela falta de um mestre, o trio formado pelo líder Kevin, o rebelde Stuart e o pequeno Bob (Coffin dubla todos os Minions) resolve desbravar o mundo em busca dessa pessoa. E eles a encontram em Nova York, no ano de 1968: Scarlet Overkill (Adriana Esteves), a primeira vilã do mundo e a mais amada também.

Em um evento voltado para super vilões, a personagem lança um desafio e quem realizá-lo poderá ser seu novo escudeiro. É claro que, como de se esperar, os Minions vencem e são eleitos os novos capangas da mulher. Como missão, Scarlet e seu marido, Herb (Vladimir Brichta), pedem ao trio para roubar a coroa da Rainha Elizabeth e eles terão o que quiserem como recompensa. O problema é que eles são os Minions, ou seja, isso não vai sair como o esperado.

É praticamente impossível não se apaixonar pelos protagonistas porque, digo novamente, eles são fofos demais. A paixão que têm por banana, o jeito desleixado, a língua bizarra que falam mas que todos nós entendemos mesmo assim, a lealdade aos seus chefões…tanto crianças quanto adultos vão se divertir com isso. Os dois antagonistas também são interessantes. Scarlet e Herb formam um casal malvado, mas amoroso e carismático, não é à toa que escolheram Esteves e Brichta para dublarem eles. Os brasileiros foram muito bem e apresentaram uma excelente química juntos.

Por que nada de incrível? Bom, Minions é um filme feito para nos divertir e nos fazer rir constantemente. Sim, é possível fazer filmes de comédia que sejam marcantes, é óbvio, porém, neste caso a Universal não chegou a esse nível. A produção é engraçadíssima, mas a história é apenas OK; os Minions conseguem sua vilã, fazem besteiras consecutivas que levam Scarlet e o marido a irem atrás deles e, no final, temos um conflito de alta proporção. Nada demais.

Talvez tivesse sido mais legal se o roteiro de Brian Lynch tivesse aprofundado mais nas cenas do trio com os vilões, ainda mais porque a relação deles com o mestre Gru em Meu Malvado Favorito foi bem desenvolvida, então, esperava-se que aqui os Minions tivessem construído certa proximidade com o casal. Como o enredo se desenvolve rapidamente, não temos a oportunidade de vermos isso ser transmitido de forma mais profunda e isso atrapalha um pouco o nosso envolvimento com tudo aquilo. Temos um caso de amor e ódio entre ambas as partes, mas esse caso não foi explorado devidamente; eu queria mais!

Além disso, com exceção da última cena, que vai surpreender muita gente – e para o bem! -, os últimos minutos foram um pouco, digamos, mal pensados. Não posso dar spoilers, mas você vê e fica: “Ah, sério que vai ser assim?”. Foi um pouco decepcionante, faltou imaginação.

Minions não é um longa inesquecível e tem algumas falhas, mas atende aos fãs que estavam doidos para vê-los na telona mais uma vez. Eles estão hilários e vale a pena o ingresso para matar a saudade, especialmente da voz única que eles têm. Ela está presente do início ao fim, até mesmo na trilha de introdução ao filme!