Ameaça Terrorista é um daqueles longas de ação que funcionam bem em prender o espectador. Sem entrar no mérito de ser bom ou ruim, a trama nos envolve à medida que vai se desenvolvendo e os personagens são apresentados. O roteiro não tão original assim, oferece um verdadeiro jogo de gato e rato, onde os limites humanos são testados até o seu limite. Talvez esse seja o “legal” de sentar, curtir uma pipoca com caipirinha e acreditar no filme do diretor Gregor Jordan.
Com uma atuação brilhante do quase irreconhecível Michael Sheen, o thriller conta a história de um ex-militar convertido ao islamismo e que armou três bombas atômicas em cidades norte-americanas. Os personagens de Samuel L. Jackson e Carrie-Anne Moss são os principais encarregados em conseguir a localização das bombas e evitar uma catástrofe.
Geralmente esses filmes mostram todo o processo investigativo de busca e captura do terrorista, mas Ameaça Terrorista já resolve esse problema logo no começo. Em momento algum os personagens correm, atiram ou explodem coisas atrás do “vilão”. Gregor Jordan focou justamente no embate psicológico entre os personagens, deixando claro que não existem heróis ou vilões quando se trata de guerra. Enquanto o personagem de Sheen planta bombas, o de Jackson realiza torturas que fariam Jack Bauer se sentir um amador. Carrie-Anne Moss tenta ser a voz da razão e da justiça, mas descobre que nesse duelo de gigantes, não existe espaço para o moralmente correto.
Um filme que apesar de não ser de tirar o fôlego, pelo menos nos faz pensar e refletir enquanto devoramos o resto da pipoca e esperamos a próxima dose de caipirinha, que certamente são mais “importantes” que as discussões propostas no filme.