Mais do que nunca os heróis das hq’s estão em alta. De tão rentável que andam as adaptações dos personagens da Marvel (infelizmente a DC só consegue sucesso com o homem-morcego. Os filmes do Super Homem são no mínimo, rídiculos!), eles resolveram usar até personagens secundários. Na maioria das vezes, o tiro sai pela culatra. O Demolidor ganhou um filme estrelado por Ben Affleck e não agradou (inclusive, tudo que lembro sobre o filme é que tinha a gostosa da Jennifer Garner e uma música chata do The Calling). O Justiceiro talvez seja o mais injustiçado: foram dois filmes (um deles merece o esquecimento, foi estrelado por ninguém menos que Dolph Lundgren) e agora uma continuação que PARECE ser digna da história do personagem (sou fã dele e quando assistir os dois filmes, publico alguma coisa aqui). Nem todo mundo teve a sorte de ter Sam Raimi e Tobey Maguire por trás do sucesso de Homem Aranha ou o carisma de Hugh Jackman com seu Wolverine. Mas os estúdios não desistem e prova disto é a adaptação de O Motoqueiro Fantasma.
Após vender a alma para o diabo (a amiga Fla chegou a comentar sobre a influência que o clássico da literatura de Goethe, o livro Fausto, exerceu na concepção do personagem), Johnny Blaze fica na obrigação de ser usado para impedir que o filho do capeta se apodere de uma poderosa lista. A história poderia ser apenas mais uma recheada de efeitos especiais, mas eles decidiram ir além. Convidaram o superastro em decadência Nicolas Cage para o papel principal e uma atriz com excelentes atributos para ser o interesse amoroso do Motoqueiro. É triste ver um cara como o Nicolas Cage fazendo filmes sem nenhuma expressão (o Motoqueiro Fantasma é uma das exceções, mas os últimos cinco filmes dele são de dar dó) e onde o melhor dele é visto por trás das chamas da caveira flamejante que ele se transforma à noite.
Um bom filme, com uma trilha sonora que “suga” bastante a música Knights of Cydonia do Muse. Diversão com pipoca e sem responsabilidade!