A franquia Mad Max, criada e dirigida pelo cineasta australiano George Miller (Era Uma Vez Um Gênio, 2022), se tornou um clássico do gênero ação pós-apocalíptico. Entre 1979 e 2015, foram lançados quatro filmes: Mad Max (1979), Mad Max 2: O Guerreiro da Estrada (1981), Mad Max Além da Cúpula do Trovão (1985) e Mad Max: Estrada da Fúria (2015). Em 2024, a saga ganha mais uma adição: Furiosa: Uma Saga Mad Max chega aos cinemas brasileiros no dia 23 de maio.
Estrelado por Anya Taylor-Joy (O Menu, 2022) e Chris Hemsworth (Thor: Ragnarok, 2017), Furiosa funciona como uma prequela de Estrada da Fúria e explica as origens da personagem de mesmo nome. Quando criança, ela foi sequestrada do Vale Verde de Muitas Mães e levada até o líder bárbaro Dementus (Hemsworth), que, de forma cruel, assassina a mãe da menina. Assim, Furiosa (Anya) nutre o desejo de vingança e a vontade de retornar ao seu local de origem, um lugar de abundância e paz em meio a todo o caos.
O filme narra em capítulos os momentos da infância, adolescência e juventude da garota que um dia se transforma na Imperatriz Furiosa. Para isso, o diretor não mede esforços para colocá-la em situações extremas de sobrevivência e desafios que nos ajudam a compreender sua personalidade guerreira e inteligente. Além disso, a narrativa mostra um conflito entre os principais reinos existentes: a Cidadela, governada pelo tirano Immortan Joe (vivido por Lachy Hulme de Matrix Revolutions, 2003), contra os Motociclistas que guardam o reino da Gasolina, de Dementus.
Desse modo, George Miller mantém o cenário de guerra em meio a cenas de ação eletrizantes capazes de tirar o fôlego da audiência. São inúmeras as perseguições de carros, as lutas corporais e as explosões gigantescas. Para quem conhece bem a franquia, sabe que os filmes são extremamente imersivos e repletos de brutalidade sem muita censura. Outros elementos que tornam esses filmes grandes obras da ficção científica são a estética visual e a trilha sonora. É interessante reparar como o deserto de Miller é visceral, pesado, “sujo”, no melhor sentido da palavra, e até mesmo influenciado pelo estilo “camp” com os figurinos animalescos e extravagantes de Jenny Beavan (Cruella, 2021).
Se compararmos com Duna: Parte 2 (2024), outro longa situado em um deserto apocalíptico, percebemos que este é mais estéril e límpido, enquanto o de Furiosa é mais poluído e insalubre. Dessa forma, o projeto expande o universo Mad Max, trazendo temáticas de superação, família, vingança, redenção e esperança. Ademais, é marcado por ótimas performances de Anya Taylor-Joy e Chris Hemsworth, além de todo o restante do elenco. Certamente, é uma aventura épica, divertida e que ajuda a consolidar Mad Max como uma das grandes franquias do cinema.