John McClane ataca novamente. O policial mais rabugento de Nova York vai passar as férias de natal em Washington e se vê no meio de um ataque terrorista no aeroporto da capital dos Estados Unidos. Como não podia deixar de ser, o público é presenteado com muita ação, explosão, tiros e sacadas irônicas do personagem interpretado por Bruce Willis.
O melhor de assistir algum dos quatro filmes da franquia é a certeza de se divertir com o personagem. Em cada um dos filmes, Bruce Willis parece brincar com o espectador e solta frases que evocam passagens antigas de algum determinado acontecimento em algum dos filmes. John McClane é o personagem mais reclamão do cinema e mostra isso em seus comentários solitários: “Como é que isso pode acontecer duas vezes com o mesmo cara?”é um bom exemplo disso e garante o riso.
Em Duro de Matar 2 a história acaba repetindo os mesmos elementos do primeiro filme. Além da ação se passar num único ambiente (o edifício no filme original e o imenso aeroporto na sequência), existe o ponto de “reviravolta” quando certos personagens revelam não ser exatamente o que diziam ser. Para os desavisados pode ser algo surpreendente, mas soa previsível e chega perto de quase estragar o charme do filme. Quase. Mas a cena em que McClane escapa da explosão do avião faz todos os deslizes ficarem reduzidos a nada. Duro de Matar é sobre diversão para machos e não existe compromisso com a realidade, desde que a emoção esteja em primeiro lugar.
Diversão sobrando. E são três caipirinhas no Buteco!