A Trilha

27 de novembro de 2009 2 min read 311

Lembram do post sobre Arrasta-me Para o Inferno, quando comentei sobre os filmes que costumam criar muita ansiedade e acabam nos broxando? Pois é. A Trilha é um bom exemplo de filmes assim. Os trailers, os posters, as notícias, Milla Jovovich, tudo apontava para um dos melhores filmes de suspense de 2009. Triste constatar que não passou de uma ilusão.

Escrito e dirigido por David Twohy, um sujeito paradoxal que conseguiu escrever O Fugitivo e Waterworld, o longa não convence. Começa meio arrastado com um casal sonso (Milla Jovovich, como é que você começou a falar desse jeito TÃO irritante?) e então outros personagens vão brotando na história: um casal suspeito pede carona no meio do caminho; o filho do guia turístico observando o dinheiro na mão do casal principal; e uma versão bombada e psicótica de Forrest Gump e sua respectiva namorada pelada. O problema é entender em que ponto da trama fica justificado o rumo que a história ganha até o final. Meio confuso, forçado, chato. Posso dizer que meio previsível? No meu caso, não. Mas aposto que outras pessoas podem chegar à conclusão da história antes do final.

Mas afinal, o que acontece em A Trilha? Imagine que você acabou de casar com a mulher (homem) de sua vida. O dinheiro está sobrando na sua conta no banco, qual a sua opção para a lua de mel? Se você, como eu, chutaria o Havaí, cuidado! Um casal foi massacrado em uma praia e a polícia não conseguiu capturar os culpados. Mas você e sua esposa (marido) são corajosos e decidem ir para uma praia distante do ocorrido. Só que não imaginavam que os assassinos também poderiam ter a mesma ideia. O pobre casal sequer desconfia que o perigo está mais perto do que imaginam…

O ponto alto aqui é brincar de adivinhar quem são os verdadeiros culpados. Daí entra em cena a discussão sobre o preconceito. Até que ponto podemos julgar alguém pelas aparências?

Dou duas caipirinhas com pouco açucar.