A atriz ganhadora do Oscar, Viola Davis (A Voz Suprema do Blues, 2020) visita o Brasil para promover o filme A Mulher Rei, que estreia dia 22 de setembro no país. A Mulher Rei é dirigido por Gina Prince-Bythewood (The Old Guard,2020) e além de Davis, estão no elenco Lashana Lynch (Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, 2022), Thuso Mbedu (Os Caminhos para a Liberdade, 2021) e John Boyega (Star Wars: A Ascensão Skywalker, 2019).
A Mulher Rei teve um orçamento de 50 milhões de dólares, foi filmado na África, produzido e dirigido por mulheres negras. O longa conta a história do grande reino do Daomé em 1832, que se vê ameaçado por tribos rivais que querem vender seu povo no mercado de escravos e dominar suas terras. O Daomé é protegido por um exército de mulheres conhecidas pelo nome de Agojie.
As mulheres Agojie recebem bastante prestígio na sociedade Daomé sendo respeitadas e veneradas por todos. Elas são lideradas pela General Nanisca, interpretada por Viola Davis, que recebe a missão de alistar e treinar recrutas para o confronto com os inimigos. Nesse momento, somos apresentados a jovem de 19 anos Nawi (Thuso Mbedu). Ela foi entregue ao Rei Ghezo (John Boyega), pelo seu pai, pois se recusou a casar com um homem rico arranjado por sua família.
Desse modo, após introduzir as personagens principais, o filme dá atenção ao treinamento rigoroso pelo quais as novas guerreiras precisam passar para se tornarem uma Agojie. A preparação é muito pesada, elas aprendem a manusear armamentos e combate físico e de resistência. Ademais, precisam respeitar a hierarquia militar e trabalhar em equipe para superar as batalhas.
Algo que fica claro é a relação de irmandade e companheirismo entre as Agojie. A personagem de Lashana Lynch, a guerreira Izogie, desenvolve uma relação de mentoria e amizade com Nawi e a motiva a continuar o treinamento. Sendo assim, o coração do filme, está nas performances tanto nos momentos mais emotivos, quanto nas batalhas e coreografias. A Mulher Rei não tem medo de mostrar violência, sangue e brutalidade.
Em entrevistas para a imprensa, a diretora Gina Prince-Bythewood, contou as preparações físicas que as atrizes fizeram para transferir com naturalidade as habilidades das Agoije. Acrescentando a este esforço, o ótimo trabalho de fotografia, figurino e trilha sonora, o resultado é um show de cenas de ação viscerais que deixarão a audiência empolgada nas salas de cinema.
Por outro lado, algumas escolhas do roteiro são um pouco previsíveis e melodramáticas. Além disso, certos personagens se envolvem em uma narrativa que tenta induzir uma grande virada em suas vidas e, há um relacionamento amoroso que não ajuda a levar a narrativa para frente. É uma opção sem muitos riscos, que se aproximam de um arco de uma novela.
Viola Davis, que também é produtora executiva do longa, em uma história análoga à sua personagem, batalhou por 7 anos para que o projeto saísse do papel e pudesse ser realizado. Assim, a atriz pode se considerar vitoriosa, A Mulher Rei é um grande filme de guerra e ação e vale a pena ser visto nas telonas.