Hoje vamos entrar em território perigoso. Vamos falar sobre autoajuda, aquele gênero literário que parece brotar mais rápido do que ervas daninhas no jardim da vizinha chata. Mas espere, não saia correndo ainda. Vou trazer um ângulo inesperado para essa conversa: “Gladiador“, o épico dirigido por ninguém menos que Ridley Scott.
Você deve estar se perguntando: “Como um filme de ação ambientado na Roma Antiga pode ser uma obra de autoajuda?” Bem, meu caro leitor, prepare-se para uma jornada pelas entranhas desse épico cinematográfico e descubra por que “Gladiador” é o filme de autoajuda que até quem odeia autoajuda gosta.
Maximus Decimus Autoajudius
Primeiro, vamos dar uma olhada no nosso protagonista, Maximus Decimus Meridius (interpretado magistralmente por Russell Crowe). O cara tem um nome que já soa como um mantra de autoajuda, não é mesmo? Não posso deixar de imaginar Maximus aparecendo em um seminário de motivação, dizendo algo como: “Você é o comandante do seu destino, o mestre da sua alma… e meu nome é Maximus Decimus Meridius.”
O que torna Maximus um personagem de autoajuda é sua jornada de superação. Ele passa de um general condecorado a escravo gladiador e, eventualmente, a um líder revolucionário. Sua história nos ensina que não importa o quanto a vida possa nos derrubar, sempre podemos nos levantar, empunhar uma espada e lutar pelo que acreditamos.
O Poder da Visualização (e do Coliseu)
Um dos pilares da autoajuda é a visualização, a ideia de que podemos alcançar nossos objetivos ao imaginá-los vividamente. Em “Gladiador”, essa ideia é personificada na obsessão de Maximus em voltar para casa e se reunir com sua família. Ele visualiza cada detalhe do momento em que isso acontecerá, e essa visualização constante o impulsiona a lutar contra todas as adversidades.
Além disso, temos o Coliseu, que é basicamente o palco original do coaching de vida em massa. Os gladiadores são ensinados a acreditar que são invencíveis, que podem vencer qualquer desafio. E, olha, não podemos negar que a multidão adora uma boa reviravolta emocional. Se eles pudessem aplaudir, tenho certeza de que o Coliseu seria ensurdecedor.
A Mente sobre a Matéria (ou, neste caso, os tigres)
Outro princípio da autoajuda é a crença no poder da mente sobre a matéria. A ideia de que podemos superar obstáculos físicos com nossa determinação mental. Bem, Maximus faz isso durante todo o filme. Ele enfrenta adversários maiores, mais fortes e até mesmo tigres (!) com pura força de vontade.
E quem pode esquecer da famosa frase: “O que fazemos em vida ecoa na eternidade”? Isso é basicamente uma forma de dizer que nossas ações têm um impacto duradouro, que nossa energia vital é transmitida através das eras. É como um lembrete de que não devemos desperdiçar nosso tempo neste planeta, porque, quem sabe, podemos acabar nos tornando personagens icônicos de um épico de Hollywood.
O Vilão como Espelho
Toda boa história de autoajuda precisa de um vilão para nos fazer refletir sobre nossas próprias vidas. No caso de “Gladiador”, temos o imperador Commodus, interpretado com maestria por Joaquin Phoenix. Ele é o oposto de Maximus em todos os sentidos. Enquanto Maximus é corajoso, nobre e orientado pela justiça, Commodus é egoísta, invejoso e motivado pelo poder.
Commodus nos lembra da importância de escolher o caminho certo, de não ceder à ganância e à sede de poder. Ele é o tipo de personagem que nos faz questionar nossas próprias escolhas e nos incentiva a ser melhores.
A Jornada de Autoajuda Final
No clímax do filme, Maximus finalmente confronta Commodus no Coliseu, e a batalha que se segue é uma metáfora perfeita para a jornada de autoajuda. Maximus representa a perseverança, a determinação e a busca pela verdade, enquanto Commodus personifica a corrupção, a ganância e o egoísmo.
A luta não é apenas física, é uma batalha entre o bem e o mal, entre a luz e a escuridão. E, como em qualquer boa história de autoajuda, é a luz que prevalece no final.
Então, da próxima vez que alguém disser que “Gladiador” é apenas um filme de ação da Roma Antiga, lembre-se de que, na verdade, é uma obra-prima de autoajuda disfarçada. Maximus Decimus Meridius é o coach de vida que nunca soubemos que precisávamos, e o Coliseu é o palco original da motivação em massa. Portanto, assista novamente a esse épico e deixe-se inspirar pela jornada de autoajuda que é “Gladiador”. E não se esqueça de visualizar seus próprios objetivos, porque, quem sabe, você pode se tornar o próximo herói de um filme de Hollywood.