1816
Uma tempestade incessante assolou o verão da vila suíça de Cologny. Passando as férias ali, mais precisamente na misteriosa mansão Villa Diodati, antiga Belle Rive, a convite do anfitrião Lord Byron, estavam os escritores Mary e Percy Shelley.
Como a tormenta não dava trégua, Byron propôs um desafio aos visitantes, para que eles enfrentassem o tédio do confinamento: a leitura e a criação de histórias de terror. Durante três dias, eles ficaram isolados do mundo, cercados pela chuva, lendo e criando narrativas assustadoras.
E foi assim que, naquele casarão à margem do Lago Genebra, a talentosíssima jovem Mary Shelley gerou Frankenstein, obra que atravessaria os séculos, influenciando a cultura em todos os continentes.
2020
Uma pandemia brutal atinge a Terra, instaurando um caos sem precedentes e levando a população ao desespero. A facilidade e a velocidade com que o coronavírus se espalha obriga as autoridades a tomarem medidas de isolamento nas cidades. A única forma de proteger as pessoas é trancando-as em casa.
Inspirado pelo evento de junho de 1816, um grupo de cinéfilos brasileiros decidiram se reunir (figurativamente falando, é claro), para um desafio criativo: assistir filmes e escrever contos de terror com referências às películas vistas.
Cada autor recebeu uma lista de três filmes (de gêneros diversos), que deveriam inspirar o seu texto. Com todos os escritos em mãos, eles se encontrariam (mais uma vez no sentido figurado), para lê-los, discuti-los e tentar desvendar quais as referências vindas do cinema em cada um dos trabalhos.
Este é o projeto Quarentena de Contos.
Fique em casa e leia com a gente os nossos textos, ilustrados com estas capas sensacionais feitas por Lucas Sick Siqueira:
Colorir no Chão o Vermelho – Ato 1 de 3
por Tullio Dias
O Quarto Triângulo
por Carvalho de Mendonça
Assim na Cripta Como no Céu
por Lucas Paio
Lançamento: sexta, 19 de junho
Colorir no Chão o Vermelho – Ato 2 de 3
por Tullio Dias
EM BREVE