*por Julie Ribeiro
Estreia arrasa-quarteirão da semana, Capitão América: Admirável Mundo Novo (2025), de Julius Onah (O Paradoxo Cloverfield), vai disputar as bilheterias com os filmes concorrentes ao Oscar, além de tentar fazer as viúvas de Chris Evans
(Deadpool & Wolverine) aceitarem de vez Anthony Mackie (Guerra ao Terror) como digno do legado do primeiro Vingador.
Sam Wilson (Mackie) assume o posto de Capitão América nos cinemas, após protagonizar ao lado de Bucky Barnes (Sebastian Stan, concorrendo ao Oscar de Melhor Ator por O Aprendiz), a minissérie da Disney, Falcão e o Soldado Invernal (2021).
Servindo ao governo dos Estados Unidos e ao presidente recém-eleito, General Thaddeus Ross (Harrison Ford, substituindo o falecido William Hurt), o Capitão América tem como dupla o novo Falcão, Joaquin Torres (Danny Ramirez de Top
Gun: Maverick), já rendendo cenas movimentadas de início. Ao serem convidados para a Casa Branca, com o recém-libertado Isaiah Bradley (Carl Lumbly, de This is Us), o Capitão esquecido, uma trama de intrigas e espionagem tem início.
Encaminhado como um thriller político, que envolve uma “Ilha Celestial” de adamantium no Pacífico e um possível tratado de exploração entre EUA, Japão, França e Índia, Capitão América: Admirável Mundo Novo mirou em Capitão América: O Soldado Invernal (2014), mas, infelizmente, passou longe do alvo. Trazendo de volta personagens e fazendo referências à O Incrível Hulk (2008), o filme nos apresenta um vilão violento destacado desde o início, além de um vilão misterioso, cerebral e manipulador do sistema militar estadunidense, e uma ex-Viúva (Negra, não de Evans, assassina treinada em Israel).
Diante do cenário conspiratório, Sam vai voar muito para descobrir os segredos e tentar manter a paz mundial, enfrentando um personagem afetado por radiação gama que dá as caras no Universo Cinematográfico Marvel (MCU) pela primeira vez (se você assistiu ao trailer que revela quase tudo sobre o filme, sabe de quem estou
falando).
Com muitos lançamentos de escudos e várias sequências de voos, Capitão América: Admirável Mundo Novo não é um filme marcante da cinematografia de herois, mas também funciona como entretenimento e não é a bomba vexatória que muita gente estava esperando. Como o próprio título sugere, a obra é sobre novos começos, o que pode ser confirmado com a cena após os créditos.
Entretanto, cabe ressaltar que, se o filme não consegue sair da sombra dos antecessores do MCU, o mesmo não se pode dizer de Mackie. Com carisma e coragem, o ator defende muito bem o legado do Capitão América, eternizado por Evans. Ainda, vale destacar que o pedido do presidente estadunidense para que o Capitão reúna os Vingadores, já abre a narrativa para o novo filme do grupo de herois, prometido para 2027. Só nos resta saber se dias (e filmes!) melhores, virão.