Zendaya estrela RIVAIS; Close no rosto de Zendaya, de óculos escuro, refletindo os seus interesses amorosos no filme.
RIVAIS

Review RIVAIS: CONSAGRANDO 2024 COMO O ANO DA ZENDAYA NO CINEMA

Em pleno 2024, o talento e carisma da atriz estadunidense de 27 anos Zendaya, não é segredo para ninguém. Mas, se em 2020 ela se consagrou no mundo da televisão, ao ganhar seu primeiro Grammy pelo seu papel de protagonista na série Euphoria, 2024 com certeza é o ano que a consagra nas telonas.

Após o excelente Duna: Parte Dois, a atriz estrela sua nova produção que chega aos cinemas em 25 de abril – Rivais. Dirigido por Luca Guadagnino, responsável por obras como Me Chame Pelo Seu Nome (2017) e Suspiria (2018), e trazendo Zendaya como produtora, Rivais também traz os promissores Josh O’Connor e Mike Faist no elenco principal.

Conta a história de Tashi (Zendaya), um prodígio do tênis que se torna treinadora e transforma o seu marido Art (Faist) em um famoso campeão. Para tirá-lo de uma recente série de derrotas, ela o faz jogar em um evento inesperado, ainda mais quando, do outro lado da rede, ele precisa enfrentar Patrick (O’Connor), ex-melhor amigo de Art e ex-namorado de Tashi.

Além de contar com um grande acerto no elenco, que individualmente e em química mostra muita competência, o roteiro, a montagem e a edição também brilham. Começando no jogo final, a história é contada com diversos flashbacks que montam magistralmente a história daqueles três personagens. O tênis é usado como metáfora o tempo todo e as partidas são mostradas de uma maneira que empolga e incendeia mesmo os menos fãs desse esporte. Digo isso pois foi a primeira vez na vida que consegui ficar animada assistindo a uma partida de tênis – com o perdão aos grandes fãs da modalidade.

Talvez seja isso que essa obra tenha de melhor e que está em falta em tantas produções de hoje: fogo. Não só no sentido sexual, mas em como toda a história é contada. É um filme intenso do início ao fim, mas sempre bem dosado. Leva o espectador ao estado emocional dos personagens, sem apelar para facilitadores narrativos ou emocionais para conseguir fazer isso. Ao final, o grito da personagem de Zendaya parece estar saindo dos nossos pulmões.

Intenso, bem-humorado, sexy e visualmente primoroso (dá até vontade de comprar várias roupas esportivas e virar um tenista prodígio nesse mundo glamuroso). Tudo faz sentido, combina, mesmo a trilha sonora aleatoriamente estranha. Com personagens complexos, cheios de defeitos, qualidades e ambições, interpretados com brilhantes atuações do trio principal, que mostra toda sua amplitude dramática, interpretando papéis diferentes de seus habituais. Rivais é mais um excelente filme de Luca Guadagnino, que deixa claro que Josh O’Connor, Mike Faist e Zendaya devem ser levados muito a sério.