Mostra "Israel Segundo Amos Gitaï"

Mostra “Israel Segundo Amos Gitaï” leva filmes inéditos e pérolas esquecidas aos cinemas do Brasil

A mostra retrospectiva Israel Segundo Amos Gitaï, uma realização da Synapse Distribution, selo da SOFA DGTL, já tem data marcada: a partir de 14 de Dezembro. Incluindo filmes famosos do diretor, como Free Zone com Natalie Portman e Aproximação de Juliette Binoche, além de filmes inéditos no Brasil como o documentário A Oeste do Rio Jordão e Um Trem em Jerusalém.

A seleção de filmes aborda momentos chaves na história de Israel, desde Kedma que retrata guerra de independência de Israel em 1948, O Dia do Perdão sobre a guerra do Yom Kippur em 1973 até momentos mais contemporâneos como A Aproximação que fala sobre o período da retirada unilateral das forças israelenses da faixa da Gaza em 2005.

Segundo João Worcman, VP de Aquisições e Vendas da SOFA DGTL: “Quando pensamos em filmes mais segmentados, buscamos estratégias de distribuição que ampliem sua divulgação e alcance. Amos Gitai não é apenas um cineasta de grande importância; seus filmes ganham relevância adicional diante dos atuais conflitos envolvendo Israel e o grupo terrorista Hamas. Possuímos os direitos de 25 filmes de Gitai. No dia 2 de novembro lançamos com sucesso ‘O Último Dia de Yitzhak Rabin’ e agora continuamos essa jornada apresentando mais 7 de suas obras em nossa mostra especial

A mostra começa inicialmente nos cinemas Kinoplex Itaim em São Paulo e Kinoplex Leblon Globoplay no Rio de Janeiro, com mais cidades previstas para entrarem ao longo do ano que vem.

Link para compra de ingressos:   https://www.movieid.com/hotsite/IsraelSegundoAmosGitai

 

Lista de filmes da Mostra “Israel Segundo Amos Gitaï”

O Dia do Perdão (Kippur) de Amos Gitai
com Liron Levo,
Tomer Ruso, Uri Ran Klauzner. Israel/França, 2000.
Cor. 117 min. 12 anos.

Drama de Guerra. Em 6 de outubro de 1973, na Guerra do Yom Kippur, Amos Weinraud e Ouzi Cantoni juntam-se à força aérea israelense. Em missão de resgate, o helicóptero deles é atingido por um míssil em 10 de outubro, no 23o aniversário de Amos, tornando os dias seguintes extremamente traumáticos. Prêmio François Chalais no Festival de Cannes. 5 Indicações para o Israeli Film Academy Awards, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor.

Éden (Eden) de Amos Gitai
com Samantha Morton, Thomas Jane, Luke Holland. Israel/França, 2001. Cor. 91 min. 12 anos.

Drama de guerra. Kalkofsky, livreiro judeu alemão, migra para a Palestina para se reunir com sua irmã Samantha. Lá, ela vive com Dov, um arquiteto apaixonado pelo estilo Bauhaus. Juntos, com amigos, discutem o futuro do Estado de Israel. Seleção oficial do Festival de Veneza.

Kedma (Kedma) de Amos Gitai
com Andrei Kashkar, Helena Yaralova, Yussef Abu Warda. Israel/França/Itália, 2002.
Cor. 100 min. 12 anos.

Drama histórico, guerra. Em 1948, durante conflitos entre judeus e árabes na Palestina, o navio Kedma leva sobreviventes do Holocausto à Terra Prometida. Soldados britânicos tentam impedir o desembarque, mas alguns escapam, envolvendo-se na batalha pela estrada de Jerusalém. Seleção oficial do Festival de Cannes. 4 Indicações para o Israeli Film Academy Awards. Melhor Filme da Mostra de São Paulo.

Free Zone (Free Zone) de Amos Gitai
com Natalie Portman,
Hanna Laslo, Carmen Maura. Israel/França/Bélgica/Espanha, 2005. Cor. 90 min. 12 anos.

Drama histórico, guerra. Em 1948, durante conflitos entre judeus e árabes na Palestina, o navio Kedma leva sobreviventes do Holocausto à Terra Prometida. Soldados britânicos tentam impedir o desembarque, mas alguns escapam, envolvendo-se na batalha pela estrada de Jerusalém. Seleção oficial do Festival de Cannes. 4 Indicações para o Israeli Film Academy Awards. Melhor Filme da Mostra de São Paulo.

Aproximação (Disengagement) de Amos Gitai
com Juliette Binoche,
Liron Levo, Jeanne Moreau. Israel/França/Itália/Aemanha, 2007. Cor. 115 min. 14 anos.

Um drama político que se desenrola durante a retirada de Israel da Faixa de Gaza ocupada. Ana (Juliette Binoche), uma mulher francesa de origem israelense viaja até a Faixa de Gaza em busca da filha que abandonou há muito tempo. Exibido Hors- Concours no Festival de Veneza.

A Oeste do Rio Jordão (West of the Jordan River) de Amos Gitai
com Bill Clinton, Amos Gitaï, Gideon Levy. Israel/França, 2017. Cor. 84 min. 14 anos.

Documentário. Amos Gitai volta à Cisjordânia para documentar as relações entre israelenses e palestinos em 2017. Ele entrevista políticos, jornalistas, militantes e cidadãos judeus e árabes sobre as possibilidades práticas de estabelecer a paz na região. Seleção oficial do Festival de Cannes.

Um Trem em Jerusalém (A Tramway in Jerusalem) de Amos Gitai
com Achinoam Noa Nini, Mathieu Amalric, Elias Amalric. Israel/França, 2018.
Cor. 94 min. 16 anos.

Drama. Em Jerusalém, as linhas de trem conectam diversos distritos. Diferentes histórias e encontros acontecem na jornada do trem, conforme observa-se esse mosaico da humanidade, na cidade que é o centro espiritual de tantas religiões diferentes. Premiado no Festival de Veneza.

SOBRE O DIRETOR AMOS GITAÏ

Gitaï nasceu em Haifa em 1950, segundo filho do arquiteto Munio Weinraub e da ex- ativista sionista Efratia Margalit. No ano de seu nascimento, seus pais mudaram o sobrenome para “Gitai”, que é a tradução hebraica do nome alemão “Weinraub”. Enquanto era estudante de arquitetura, Amos Gitai ingressou na guerra do Yom Kippur, em 1973, como oficial da reserva e serviu como parte de uma equipe de resgate de helicóptero.

Começou a filmar durante a guerra com uma câmera de 8 mm que sua mãe lhe deu de presente. Em seu aniversário de 23 anos, 11 de outubro de 1973, seu helicóptero foi abatido por um míssil sírio. Dos 7 tripulantes a bordo, 6 sobreviveram, incluindo o próprio Gitai, que se inspirou nessa experiência traumática para abandonar a arquitetura e se dedicar ao cinema. A experiência gerou o documentário sobre este incidente e seus companheiros sobreviventes, “Kippur: War Memories”, em 1993, e depois uma recriação fictícia dele “Kippur” em 2000.

Em 1986, dirigiu seu primeiro longa- metragem de ficção “Esther”, baseado na história bíblica do livro de Ester.

Em 1993, após o primeiro-ministro Ytzhak Rabin iniciar o processo de paz com a Palestina, Gitai e sua família voltaram a morar em sua cidade natal, Haifa. (Escrito por Toshi Fujiwara)

AMOS GITAI já recebeu mais de 20 prêmios internacionais em festivais do vulto de Veneza, Berlim e Locarno, além de ter concorrido 5 vezes a Palma de Ouro do Festival de Cannes.