Melhores filmes de 2018 é uma apresentação do Cinema de Buteco e do portal Listas de Tudo.
CHEGAMOS AO FINAL DE MAIS UMA TEMPORADA NO CINEMA DE BUTECO. Para manter a tradição, eis a nossa pequena lista com os 30 melhores filmes de 2018. Nossa equipe e nossos queridos convidados indicaram as produções que merecem um lugar ao sol no nosso tradicional hall da fama anual.
Escolher os melhores filmes de 2018 não costuma ser uma tarefa simples. Especialmente porque as listas do Cinema de Buteco tentam ao máximo fugir do convencional. Se você quer ver listas de melhores recheadas de filmes de heróis, você está buscando na parte errada da internet. Não temos frigideiras! Trabalhamos com freezers!
As 30 obras indicadas abaixo significaram alguma coisa para um grupo de críticos, cinéfilos e influenciadores digitais. Por isso, é bem provável que signifique alguma coisa para você também!
Veja agora Quais Foram os Melhores Filmes de 2018
#30- Vingadores: Guerra Infinita
Depois de 10 anos de Universo Marvel nas telonas, era de se esperar algo grande, e os estúdios entregaram algo gigantesco. Gostando-se ou não de Vingadores: Guerra Infinita, uma coisa é certa: é muito divertido ver todos esses personagens juntos, e conseguiram um bom motivo para reuni-los. Todos têm sua importância respeitada pelo roteiro e aparecem bastante. E a coerência do que foi montado nas histórias anteriores é mantida. As dinâmicas entre aqueles que não se conheciam são interessantes e aproximam bem o Cinema dos quadrinhos, onde esse tipo de interação acontece o tempo todo. Thanos, a costura entre todos eles, é um vilão interessante – apesar de ser todo feito em computação gráfica. Suas razões são um pouco gratuitas, mas ele é bem inteligente, além de poderoso, e o filme honra essas características. São duas horas e meia que passam correndo, sem que se perceba.
(Marcelo Seabra – O Pipoqueiro)
Trailer:
#29- 22 de Julho
Produção da Netflix retrata um dos piores ataques terroristas da história da Noruega, onde apenas um homem atirou e matou cerca de 70 pessoas.
Famoso por ser um cineasta especializado em produzir sequências com alto teor de tensão, Paul Greengrass (que já havia comandado Voo United 93, sobre um dos aviões sequestrados no 11 de setembro) mostra que não tem para ninguém na hora de deixar o público angustiado.
Disponível na Netflix.
Recomendado para quem gosta de: Filmes baseados em histórias reais; Filmes sobre terrorismo
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#28- Aos Seus Olhos
As ferramentas tecnológicas facilitaram a propagação de denúncias, logo permitindo a ação de justiceiros virtuais que assassinam reputações muito antes do curso natural de uma investigação que estudará todo o contexto de um episódio específico. Muito do que se sucede em “Aos Teus Olhos” parece uma modernização do velho Caso Escola Base, agora com uma mobilização coletiva contra um professor de natação acusado de abusar de um aluno.
Caroline Jabor assume a inspiração do espanhol “El virus de la por”, de 2015, mas ela poderia vir de inúmeros casos reais. O percurso é o esperado: uma criança, Alex (Luiz Felipe Melo), claramente afetada pela separação dos pais, relata uma postura de aparente consolo de Rubens (Daniel de Oliveira) – consequentemente, a sua mãe (Stella Rabelo) associa a causa da depressão do menino com o que interpreta ser um abuso e o seu pai (Marco Ricca), um sujeito nem sempre racional, explode.
(Alex Gonçalves – Cine Resenhas)
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#27- Sem Rastros
(Leave no Trace, Debra Granik, 2018) Um homem vive com a sua filha de 13 anos de idade num parque público em Portland, mas suas vidas mudam para sempre depois que as autoridades os encontram.
Um filme forte sobre a busca da liberdade e sobre como as nossas escolhas são vistas pela sociedade em geral. Ao mesmo tempo em que aborda o amadurecimento de uma adolescente que é tirada do convívio social para viver de forma reclusa no meio do mato.
Não espere muitos diálogos em Sem Rastros, pois as coisas mais importantes são percebidas através da linguagem corporal dos personagens em atuações brilhantes de Ben Foster e Thomasin Harcourt McKenzie.
Trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=V8yQstxSiKo
#26- Halloween
Halloween cria uma terceira linha do tempo na série e ignora os eventos de todos os filmes, exceto o original. Michael Myers consegue fugir 40 anos depois de aterrorizar a vida de Laurie Strode e retorna para buscar sua vingança deixando um verdadeiro rastro de morte pelo caminho.
O novo Michael Myers é de longe a encarnação mais violenta que já se viu do personagem. Definição de violência, sangue no olho e maldade (“pure evil”, como diria o Dr. Loomis) que é retratado com requintes de crueldade numa narrativa que privilegia o clima de tensão sem deixar de lado as partes de violência mais gráfica, afinal estamos falando de um dos “fundadores” do subgênero slasher.
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#25- Uma Noite de 12 Anos
Com cenários sempre sombrios e claustrofóbicos, a produção conta a história real de três personalidades que sofreram o horror e a crueldade da ditadura no Uruguai dos anos de 1970 e 1980. E envolve o público com a ideia de que é preciso resistir para viver, apesar dos extremos da tortura física e psicológica e de toda sorte de humilhação. Um filme que faz chorar – de tristeza, indignação, repúdio, raiva, medo – um verdadeiro soco no estômago.
(Maristela Bretas)
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#24- Em Chamas
(Beoning, Chang-dong Lee, 2018) O tímido Jong-su se envolve com uma velha conhecida, que pede para que ele cuide do seu gato de estimação durante uma viagem. Quando ela volta, apresenta um cara misterioso com um hobby secreto nada convencional.
Em Chamas possui o mérito de deixar tudo nas entrelinhas, sem nunca se apressar com resoluções e poupar seu espectador de tentar adivinhar o que está de fato acontecendo. As sutilezas são deixadas de lado apenas no seu explosivo terceiro ato.
Recomendado para quem gosta de: Romances que dão errado porque aparece um babaca (ou uma babaca) que rouba suas chances de se dar bem; Sutilezas
Trailer:
#23- Mudbound
O roteiro de Mudbound nos leva à área rural do Mississipi, onde duas famílias vivem em meio à lama e às plantações da fazenda. Não bastasse a dureza daquela vida, o racismo ainda imperava (até hoje, talvez), batendo forte em uma das famílias. Os atores estão em forma e defendem bem seus papéis, o que nos leva para dentro daquele cenário sofrido. A ótima trilha (de Tamar-kali) e a fotografia fantástica (de Rachel Morrison, indicada ao Oscar) só contribuem com o cuidadoso trabalho da diretora Dee Rees, que merecia mais atenção do que teve. Tomara que esse reconhecimento chegue logo.
Trailer:
ttps://www.youtube.com/watch?v=xucHiOAa8Rs
#22- Aniquilação
É uma pena que o filme tenha fracassado nas bilheterias, Aniquilação é uma das melhores ficções científicas da década, é um caso raro onde a conclusão e as respostas são realmente satisfatórias ao mistério criado. Um sci-fi diferentão, que ao invés de usar o terror, prefere definir a mutação genética de um jeito muito mais bonito. O filme tem tudo para se tornar um clássico cult redescoberto no futuro, espero que ele encontre seus fãs. (Marcelo Palermo)
Trailer:
#21- Lady Bird
Um dos destaques da temporada do Oscar, Lady Bird: É Hora de Voar (2017) traz uma dupla de peso que é o grande motivo do falatório gerado em torno do filme. As duas atrizes principais, Saoirse Ronan e Laurie Metcalf, de fato dão um show. E são elas que tornam a obra superior a tantas outras histórias de amadurecimento que chegam aos cinemas e à TV todos os anos. Diálogos interessantes e personagens tridimensionais não faltam em Lady Bird, além da correta direção de Greta Gerwig, que faz aqui sua estreia na função.
(Marcelo Seabra – O Pipoqueiro)
Trailer:
#20- Eu, Tonya
Além do fato que chocou o mundo em 1994, há vários bons motivos para conferir Eu, Tonya, cinebiografia da patinadora Tonya Harding. O tom é de humor negro, mas há violência para valer, começando na própria casa da protagonista, onde ela passava o diabo com a mãe. Tonya já disse em entrevistas que abusos de toda natureza eram a sua realidade. E as coisas não melhoraram quando ela se casou. Na esperança de se afastar da mãe, ela foi morar com Jeff Gillooly, e as agressões só mudaram de endereço. Margot Robbie, Allisson Janney e Sebastian Stan fecham muito bem o trio principal, enquanto o diretor Craig Gillespie mostra que consegue fazer milagre com um orçamento restrito, passando facilmente de um humor mais cínico para passagens dramáticas.
(Marcelo Seabra – O Pipoqueiro)
Trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=US_P75dgJ_w
#19- Os Incríveis 2
Após 14 anos, a Família Pera e seus amigos voltaram ainda melhores, com uma abordagem mais próxima dos problemas de uma família comum atual, com crises de adolescência, os trabalhos de escola, o marido assumindo a casa enquanto a mulher trabalha fora. Mas o destaque que fez a grande e maior diferença foi a descoberta dos superpoderes do bebê Zezé. Novamente a Disney/Pixar entrega uma produção que reforça bons valores e propõe mudanças para melhor nas relações.
(Maristela Bretas)
Trailer:
#18- Pantera Negra
Você sabe quando um filme é foda quando ele ultrapassa o limite do cinema e vira referência na sociedade, e foi exatamente isso que aconteceu com Pantera Negra, o filme transcendeu, Wakanda virou um símbolo de um futuro cheio de possibilidades, finalmente o negro se viu representando não só por um grande herói, mas por uma nação de reis e rainhas. Além disso o roteiro apresenta um embate filosófico entre Malcolm X Martin Luther King, e talvez por isso o vilão vivido por Michael B. Jordan seja tão ou mais legal que o próprio Pantera Negra. Melhor filme da Marvel até agora.
(Marcelo Palermo)
Trailer:
#17- Jogador Número Um
Este é um filme que queimei a língua feio. Não fiquei impressionada pelos trailers e só fui assistir porque era Steven Spielberg dirigindo uma aclamada adaptação literária. Porém, admito que foi a queimação de língua mais linda do ano. Recheado de cenas de ação de tirar o fôlego e referências a personagens e filmes clássicos da cultura pop, Jogador Número Um é uma aventura que vale cada segundo; nos contagia do início ao fim. Spielberg mostra, pela milésima vez, porque é Steven Spielberg. Seu dom em colocar na tela histórias especiais é impressionante
(Dani Pacheco).
Trailer:
#16- O Conto
O Conto, incomoda por mostrar uma situação que ocorre todos os dias em diversos lugares do mundo. E o mais perturbador é perceber que os números de abuso infantil são maiores do que os divulgados, pois muitas crianças não percebem a situação e acreditam estar vivendo um relacionamento saudável e consensual, mas incompreendido.
Laura Dern, mais uma vez, mostra por que é uma das grandes atrizes de sua geração e expõe a personagem em uma verdadeira jornada de descoberta do próprio passado e de como se tornou quem é. Destaque também para a jovem atriz Isabelle Nélisse, que interpreta a protagonista aos 13 anos. Ela atinge o equilíbrio entre a arrogância e a inocência características da idade. Trata-se de um trabalho que exige muito de todos os profissionais envolvidos, e que tem um papel extremamente importante, ainda mais nos dias de hoje, diante de tantas discussões acerca de sexualidade.
(Graciela Paciência)
#15- Viva – A Vida é Uma Festa
Lançado no início do ano no Brasil, “Viva – A Vida é Uma Festa” levou o Oscar nas categorias de Melhor Animação e Melhor Canção Original não foi por mero acaso. Lindo, emocionante e envolvente, a produção Disney/Pixar derruba qualquer coração, faz as boas memórias brotarem e os olhos ficarem marejados. Uma animação com cara de casa de vó, que trata das relações de família, envelhecimento, lembranças e o respeito por quem já partiu. (Maristela Bretas)
#14- The Post
Um filme à moda antiga, do mestre Steven Spielberg, traz um fato dos anos 70, quando o Washington Post decide divulgar o que o jornal rival, o New York Times, havia sido impedido pela justiça e teria grandes consequências para os Estados Unidos e sua participação na Guerra do Vietnã. Em meio a essa importante narração histórica, temos dois grandes méritos tratados de forma magistral pelo diretor e seus roteiristas. A produção de um jornal impresso nos anos 70 é esmiuçada, da reunião de pauta à impressão no parque gráfico, passando pela consulta legal que se faz necessária. A outra questão que acompanhamos é a forma com a mulher profissional é mostrada. A personagem de Meryl Streep é um grande exemplo para garotas que sonham em sair da sombra do pai ou do marido. Katherine Graham era a dona do Post e seu papel na manutenção e consolidação do jornal foi fundamental. E Streep é apenas um de vários nomes fantásticos que só Spielberg sabe reunir, como Tom Hanks e Sarah Paulson.
(Marcelo Seabra – O Pipoqueiro)
#13- Missão Impossível – Efeito Fallout
A nova aventura de Ethan Hunt veio mais especial do que de costume em 2018: um elenco de personagens femininas incríveis – Rebecca Ferguson que o diga! -, um cenário belíssimo nas ruas de Paris, cenas de ação de altíssimo nível e o carisma de sempre de um dos maiores atores da história do cinema. Não é à toa que Tom Cruise conseguiu, no sexto filme da franquia, torná-la a maior bilheteria de todas. Efeito Fallout reúne todos os ingredientes que os fãs esperam e ainda traz uma pitada a mais de personagens femininas independentes e um visual de tirar o fôlego
(Dani Pacheco).
Trailer:
#12- Trama Fantasma
Muitos podem se perguntar do que realmente se trata, mas eu não tenho dúvida, é um romance, e digo mais, apesar de todo drama e densidade, também tem um certo humor, Trama Fantasma é a comédia romântica de Paul Thomas Anderson. O diretor faz uma análise profunda, dramática e divertida sobre a natureza, nem sempre saudável, do amor, ou seja, é uma história de amor bem diferente das que estamos acostumados a ver. Daniel Day-Lewis está incrível, a atriz Vicky Krieps é uma revelação, a fotografia é impecável, os figurinos deslumbrantes e a trilha sonora maravilhosa foi composta por Jonny Greenwood do Radiohed.
(Marcelo Palermo)
Trailer:
#11- Nasce uma Estrela
Quando foi anunciado que Bradley Cooper dirigiria o quarto filme de Nasce uma Estrela, precisamos admitir que as reações não foram todas positivas. É uma história complexa, seria o primeiro trabalho do ator na cadeira de diretor…enfim, uma tarefa nada fácil. Mas eis que ele apresentou um resultado surpreendente no Festival de Veneza e encantou plateias por todos lugares onde passou. É um drama não só com atuações poderosíssimas de Cooper e Gaga, mas narrado de forma sutil, comovente e com uma trilha sonora muito bem produzida. De longe, a versão mais completa e convincente dessa linda história que une o amor e a música
(Dani Pacheco).
Trailer:
#10- Roma
Arrancando elogios em festivais e nas redes sociais, Roma (2018) foca em uma família para falar da vida. Aparentemente trazendo a banalidade do dia a dia, o roteiro, do também diretor Alfonso Cuarón, tem espaço para desenvolver seus personagens e as sutilezas falam mais que qualquer efeito especial. De forma bem delicada, o mexicano nos entrega a provável melhor obra distribuída pela Netflix. A história bem poderia ser baseada na infância de Cuarón, tamanho é o frescor com que os fatos são tratados – e, em partes, é. A fotografia em preto em branco, também assinada por Cuarón, nos proporciona essa proximidade. Mesmo se passando no México, falada em espanhol (e no dialeto local), a produção poderia ser ambientada em vários lugares pelo mundo.
(Marcelo Seabra – O Pipoqueiro)
Trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=ICR6YvcyyJc
#9- Projeto Flórida
Sean Baker causou sensação no mundo do cinema em 2015 ao dirigir Tangerine, um longa inteiramente filmado por um iPhone 5S, agora ele está de volta com mais recursos (dessa vez em 35mm) em Projeto Flórida, sobre um verão na vida da jovem mãe Halley (Bria Vinaite) e sua filha Moonee (Brooklynn Prince), que vivem em quarto barato de motel nos entornos da Disney World, na Flórida.
Mesmo que esse tipo de moradia exista em vários lugares dos Estados Unidos, é fundamental que o filme se situe no estado da Flórida, onde está Disney e os parques temáticos, pois assim o diretor foca na clara contradição de desigualdade, afinal aquelas crianças pobres retratadas estão morando no estado que é considerado por muitas outras crianças como o destino mais feliz do mundo.
(Marcelo Palermo)
Trailer:
#8- Você Nunca Esteve Realmente Aqui
Joaquin Phoenix é, talvez, um dos atores mais subestimados da sua geração. Cheio de performances marcantes na carreira, o irmão de River – com certeza bastante orgulhoso do caçula aonde quer que esteja – nos dá aqui uma injeção de vários sentimentos: dor, raiva, carência, violência e amor. Apesar da longa espera desde Precisamos Falar sobre Kevin (2011), Lynne Ramsay nos fez valer cada segundo. Acompanhar a cruel saga de Joe pode nos dar alguns socos no estômago que deixam marcas, mas são marcas reflexivas e que mereciam ter ganhado um maior reconhecimento na temporada de premiações a Phoenix
(Dani Pacheco).
Trailer:
#7- Me Chame Pelo Seu Nome
Mais do que um filme sobre a descoberta da sexualidade de um adolescente que curte as férias de verão na Itália, o drama de Luca Guadagnino nos faz refletir sobre algo que muitas vezes deixamos pra fazer somente quando estamos velhos: muitas vezes deixamos de viver algo por medo ou nos reprimimos por algum outro motivo, mas esquecemos que somente vivemos uma vez nos corpos que temos. É melhor viver algo forte e quebrar a cara agora do que fugir disso e amargar de arrependimento no futuro
(Dani Pacheco)
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#6- Hereditário
Não necessariamente você terá todas as respostas que busca. A trama corre, nos cativa, nos vemos torcendo por aquela família e logo o roteiro começa a brincar com a sua expectativa. Nada acontece como esperamos. Mesmo não sendo exatamente inovador, Hereditário consegue brincar com as convenções do gênero e se firmar como uma obra sólida, que cumpre o propósito de assustar e ainda fazer pensar. Mérito total do roteirista e diretor Ari Aster, que estreia aqui em longas, mas assinou seis curtas anteriormente, nos quais aprimorou seu estilo. Influências ele tem, como O Bebê de Rosemary (1968), mas é algo bem discreto. E o elenco, encabeçado por Toni Collette e Gabriel Byrne, funciona maravilhosamente bem.
(Marcelo Seabra – O Pipoqueiro)
Trailer:
#5- A Forma da Água
Todo o elenco de A Forma da Água está muito bem, o que reafirma o talento de Guillermo del Toro para escolher e conduzir atores. A ambientação dos anos 60 é fantástica, com uma trilha sonora bem apropriada, que inclui clássicos de Benny Goodman à nossa Carmem Miranda. A fotografia vai de ótima a espetacular, merecendo o adjetivo poética por várias vezes. A trama pode até causar bastante estranhamento pela natureza do relacionamento que nos apresenta. Mas o que o diretor mais tem no currículo são histórias belas e sensíveis que fogem de clichês.
(Marcelo Seabra – O Pipoqueiro)
Trailer:
#4- Infiltrado na Klan
Em um contexto global onde o preconceito parece ter ganho força com a ascensão de líderes extremistas, o filme de Spike Lee caiu como uma luva. No caso da produção, premiada no Festival de Cannes, o racismo é pauta em uma adaptação sobre um policial negro que se infiltra na Ku Klux Klan nos anos 70 e, sabe-se lá como, não é pego pela entidade. Pode ser um longa ambientado há 40 anos, mas que não podia ser mais atual e no ponto quanto à crítica que faz ao mundo racista e violento em que vivemos, em especial nos EUA. Pra quem gosta de levar um choque de realidade de vez em quando, é uma excelente escolha. E não, não tem nada de “coitadismo” aqui
(Dani Pacheco).
Trailer:
#3- O Sacrifício do Cervo Sagrado
Um médico cirurgião (Colin Farrell) desenvolve um estranho relacionamento com Martin (Barry Keoghan, de Dunkirk), um adolescente que perdeu o pai, e isso mudará a rotina e a estrutura de sua família, formada pela mulher Anna (Nicole Kidman), e seus filhos.
Quem conhece o grego Yorgos Lanthimos sabe que seus filmes têm algumas características em comum, como o fato de todos serem perturbadores, sinopses bizarras e a forma robótica dos personagens se comunicarem. Porém em O Sacrifício do Cervo Sagrado, ele assume o gênero terror. O filme começa com um coração pulsando, e logo em seguida luvas ensanguentadas sendo retiradas das mãos do médico e jogadas no lixo, uma cena simbólica que representa muito do que o diretor quer dizer. São vários os simbolismos, a figura do médico por exemplo é tida por muitos como um Deus para muitos, afinal ele pode salvar uma vida.
(Marcelo Palermo)
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#2- Um Lugar Silencioso
Vendo o trailer parece mais um filme aterrorizante de terror, mas John Krasinski dirige uma produção que vai muito além de sustos e roer unhas. Um lugar silencioso explora a dor de uma família que perde o filho e que ainda precisa tomar todos os cuidados possíveis para não serem os próximos em um lugar onde restam poucas pessoas vivas, lutando pela sobrevivência a cada minuto que passa.
Trailer:
#1- Três Anúncios para um Crime
Frances McDormand é uma gênia. Gênia que merecidamente ganhou seu segundo Oscar após uma performance fantástica e extremamente comovente em Três Anúncios para um Crime. Ela interpreta uma pessoa longe de ser perfeita (como todas nós), mas que é forte, independente e busca fazer a justiça com as próprias mãos para descobrir o responsável pelo estupro e assassinato da filha. Até eu, que tenho coração de pedra, fiquei comovida com a atuação da atriz no drama. Atuação que carrega o duro, sincero e tocante roteiro de Martin McDonagh
(Dani Pacheco).
Trailer: