Acredito que todo mundo nessa vida já ao menos tenha ouvido falar de O Planeta dos Macacos. Claro que não estou falando daquela coisa medonha que o Tim Burton fez em 2001. Falo da franquia clássica que lá em 1968 nos deu uma visão totalmente distorcida sobre como seria um futuro onde os seres dominantes eram os macacos. Eu, como criança trouxa que era, morria de medo desse filme. Só de ver aqueles macacos falantes com cara tensa já ficava apavorado. Então, só tive o prazer de assistir aos cinco longas depois de crescido e barbado, na certeza que não passavam de pessoas com máscaras de borracha mal-feitas. A propósito, se não quiser ler spoiler, recomendo que não leia esse post pois é bem inevitável segurar a língua nessa história!
Baseado no livro de 1963 do francês Pierre Boulle, em 1968 saiu o primeiro filme que daria origem a essa franquia de sucesso, chamado O Planeta dos Macacos. Nele, um grupo de astronautas cai em um planeta num futuro muito distante, aparentemente próprio para vida, se não fosse dominado por macacos e os humanos fossem meros animais. A premissa é genial, levando em consideração que poderíamos facilmente ser colocados no lugar dos macacos e vice-versa. A hierarquia também é interessante: gorilas força bruta, orangotangos algo como políticos e clero e os chimpanzés (mais inteligentes) os cientistas.
Depois de um final pra lá de intrigante, A Volta ao Planeta dos Macacos conta a história de um segundo grupo de astronautas que coincidentemente cai no mesmo planeta e na mesma época, justamente pra salvar os astronautas anteriores. Lá, é claro, eles descobrem mais bizarrices, como alguns humanos, teoricamente inteligentes, só que com poderes psíquicos e adoradores de uma bomba atômica.
E assim, temos A Fuga do Planeta dos Macacos! O casal de chimpanzés que ajudam os astronautas nos filmes anteriores, ficaram atentos na cilada que estava ocorrendo e assim, como quem não quer nada, consertam uma das naves dos astronautas e fogem do planeta, antes dele explodir, é claro! E foram parar na Terra (?!) no passado para alertar aos humanos o terrível futuro que os assolaria. E o que os humanos fazem? Acham que tudo foi, é e será culpa dos macacos!
E temos a Conquista do Planeta dos Macacos. O que os humanos fizeram foi nada mais, nada menos que adiantar o futuro, de modo mais violento. Transformaram macacos em escravos, porque empregado que não recebe nada é escravo, e nem precisa trabalhar na Zara! Só que eles não contavam que a cria dos chimpanzés cientistas ainda estava vivo e, ele, o destemido César, faz a revolução acontecer e mostra que os macacos são bem mais espertos que os humanos.
Nos levando a Batalha pelo Planeta dos Macacos. Num futuro meio amálgama entre civilização campestre pós-apocalípse, esse mesmo chimpanzé que libertou os macacos, se vê numa luta entre macacos que não concordam com a vida conjunta com humanos e humanos que não concordam com os macacos vivos. E no melhor estilo mocinho-bandido, vemos como o bem prevalece sobre o mal.
Ok, e o que eu aprendi vendo 5 filmes sobre macacos super inteligentes e humanos super burros? Compaixão. Bom senso. Humildade. NOÇÃO DO PERIGO! Não é porque “achamos” que somos os mais inteligentes da natureza que devemos acreditar que somos os mais importantes. Hoje, podemos estar no controle, amanhã, pode ser qualquer outro ser vivo. Então, tenha respeito pela natureza. Quando você menos esperar, ela pode evoluir. Mais que você, num piscar de olhos.