De volta aos anos 20. “Flicker” foi uma verdadeira homenagem ao cinema mudo e ao casal de artistas Rodolfo Valentino e Natacha Rambova.
Elizabeth, antes de se torna a Condessa, era uma atriz que sonhava em ser eternizada em seus filmes, e em meio as gravações de “O Filho do Sheik”, Valentino (Finn Wittrock) observando os olhares da atriz, a convida para um jantar em sua casa. Na época, havia rumores de sua separação com Natacha (Alexandra Daddario), que além de atriz, também era produtora de cinema e uma esposa autoritária, que exercia uma grande influência na carreira do marido, levantando controvérsias e críticas. A separação era uma farsa para abafar as especulações da mídia e então Elizabeth se envolveu com o casal, se apaixonando perdidamente pelos dois.
Valentino faleceu aos 31 anos e se tornou um ícone do cinema mudo. Na série a sua morte foi uma farsa graças ao envolvimento com o cineasta F.W. Murnau (Henrik Rutgersson), que lhe contou sobre como descobriu os segredos do vampirismo durante pesquisas para o seu filme mais famoso, “Nosferatu”. Murnau contou sobre sua descoberta e ofereceu Valentino a vida eterna, mas em troca ele deveria abandonar o cinema para sempre. Aceito a proposta, o ator forjou sua morte em segredo. Sem imaginar o que estava acontecendo, Elizabeth estava festejando no hotel Cortez, tendo como anfitrião, Mr. March. Ao receber a notícia que seu amado havia falecido, ela tenta se jogar de uma janela, mas March a salva.
Aproveitando sua fragilidade e vendo uma chance de deixar seu passado para trás, Elizabeth casa com March, mas sempre sendo muito clara em suas reais intenções e que apesar do casamento, ela não o amava. Algum tempo depois, Valentino e Natacha entram em contato com Elizabeth e a contam tudo o que tinha acontecido. Eles decidem fugir e ela em seguida é transformada em vampira (finalmente descobrimos).
Mr. March descobriu tudo e mais uma vez colocou sua maldade em prática. Usou um dos corredores do hotel sem saída para aprisionar o casal de atores, fazendo sua esposa acreditar que teria sido abandonada mais uma vez. Muito tempo se passou (quase 90 anos) e em meio as reformas atuais do hotel, eis que surge uma parede de aço e ao abri-la quem estava lá dentro? O famoso casal faminto e com sede de vingança.
Em paralelo temos a caçada ao Assassino dos Dez Mandamentos. Tudo indica que John é o assassino, ainda mais depois da confissão de Wren (Jessica Belkin), mas prefiro não acreditar no clichê e esperar por alguma reviravolta.
Este episódio está entre os meus melhores, juntamente com o “Devil’s Night” e tenho que admitir que Gaga está evoluindo em seu papel. Evitei anteriormente fazer muitos comentários negativos, pois esperava uma melhora e isso foi mostrado em “Flicker”, um capítulo muito emocional e expressivo. Há também diversos comentários sobre a volta de Finn. Não acredito que seja um volta apenas para “aproveitar” o ator, afinal a Condessa já havia mencionado que Tristan lembrava muito alguém (“Belíssimo, belíssimo”).
Aviso: American Horror Story: Hotel irá ter uma pequena pausa de duas semanas, mas volta a todo vapor no dia 03 de dezembro pelo FX Brasil.