Você se lembra de quais filmes foram lançados em 1996? Nós lembramos alguns dos principais e preparamos essa lista especial com 16 obras que completam 20 anos em 2016:
TALVEZ VOCÊ POSSA DIZER QUE 1996 NÃO TENHA SIDO UM ANO TÃO BOM PARA O CINEMA QUANTO 1995. Outros poderão dizer que foi um ano melhor e com obras mais maduras, longe da fantasia que parece dominar o ano anterior. Qualquer que seja a sua opinião, a verdade é que 1996 foi cheio de produções inesquecíveis e que até hoje são lembradas como parte de nossa infância.
Para fazer uma pequena homenagem para essa época tão gostosa, o Cinema de Buteco apresenta agora 16 obras que completam 20 anos de vida em 2016. Apenas as produções mais marcantes e que possuem espaço reservado na nossa memória. Se você sentir falta de algum filme, não deixe de comentar para nos lembrar quais foram os filmes mais marcantes na sua vida!
Um Drink no Inferno, de Robert Rodriguez
Lançado em 19 de janeiro.
O bom de relembrar essas produções de 1996 é que acabamos comparando nosso comportamento naquela época com o que somos hoje. Veja bem. Vampiros atualmente costumam brilhar ou serem jovens apaixonados. Para Quentin Tarantino e Robert Rodriguez não é bem assim: Um Drink no Inferno é campeão na arte de introduzir vampiros e nos deixar com o cu na mão, mas sem trabalhar com uma boa dose de humor negro. Com muito sangue, tripas e sensualidade (vai dizer que não queria ter o dedão do pé da Salma Hayek na sua boca também?), Um Drink no Inferno também é muito lembrado por colocar George Clooney no nosso radar.
Tullio Dias
Trainspotting, de Danny Boyle
Lançado em 23 de fevereiro.
Existem obras que definem toda uma geração. Ao adaptar o romance de Irvine Welsh, o cineasta Danny Boyle colocou o seu nome em evidência para os cinéfilos do mundo inteiro. Ewan McGregor aproveitou o momento para também ver a sua carreira atingir outro patamar. A química, sem querer fazer nenhum trocadilho, perfeita da narrativa com o elenco e a direção transformaram Trainspotting em uma produção obrigatória do cinema produzido em 1996. Mais do que isso: o mundo das drogas nunca havia recebido um tratamento como nessa obra.
Trainspotting entrou na nossa lista de 100 Filmes Favoritos do Cinema de Buteco.
Tullio Dias
Jovens Bruxas, de Andrew Fleming
Lançado em 3 de maio.
Este é um daqueles filmes que marcam gerações e representa uma década mesmo sem muitos motivos! O longa tem toda aquela vibe mística em um universo pra lá de Patricinhas de Beverly Hills e oferce uma atuação fraca, roteiro mastigado, efeitos especiais toscos e ainda sim continua sendo uma deliciosa lembrança da nossa adolescência. Mesmo não sendo aclamado pela crítica na época, a produção se tornou uma espécie de cult e em breve ganhará remake pela Sony.
Felipe Borba
Twister, de Jan de Bont
Lançado em 10 de maio.
Em 1996, quando Twister chegou aos cinemas, eu era apenas uma criança de 10 anos fascinada com o universo dos tornados e que ficou super empolgado com a ideia de virar um caçador de tornados. Com direção de Jan de Bont (que havia atuado como diretor de fotografia em diversos filmes, como Instinto Selvagem, por exemplo), a produção é estrelada por Bill Paxton e Helen Hunt, mas até hoje são as vacas voadoras que me fazem pensar com carinho em Twister.
Tullio Dias
Missão: Impossível, de Brian de Palma
Lançado em 22 de maio.
Depois do sucesso da série de TV da década de 1960, Missão: Impossível retornou com força total em 1996 com um filme de espionagem de tirar o fôlego. Também, não poderia ser diferente com a direção do especialista em tensão Brian de Palma. O astro Tom Cruise assumiu o papel principal e desde cedo dispensando dublês, estrelou sequências de ação perigosas. O curioso é que o primeiro Missão: Impossível é o mais diferente da franquia: as continuações investiram mais na ação do que na tensão e no clima de espionagem.
Tullio Dias
A Rocha, de Michael Bay
Lançado em 7 de junho
Nicolas Cage, Ed Harris e Sean Connery formam um trio de respeito capaz de atrair atenção de cinéfilos de todos os cantos do mundo em qualquer que seja o projeto em questão. Mesmo se for um filme do Michael Bay, como é o caso do divertido A Rocha.
Connery interpreta um espião preso e famoso por ter sido o único homem a fugir da lendária (e agora transformada em ponto turístico) prisão de Alcatraz (ele e o Clint Eastwood). Quando um grupo de terroristas toma a prisão e ameaça disparar ataques biológicos contra os EUA, resta aos agentes da lei recorrerem a ajuda dos personagens de Cage e Connery. Diversão é garantida!
Tullio Dias
O Pentelho, de Ben Stiller
Lançado em 14 de junho
Jim Carrey estava vivendo o auge de sua carreira durante a segunda metade da década de 1990 e se permitiu até estrelar o projeto do amigo Ben Stiller. Embora não seja lembrado quando se fala da carreira do comediante, O Pentelho é uma comédia de humor negro sobre o sujeito mais carente do mundo e sua vontade de ser amigo do Ferris Bueller. Ou Matthew Broderick. Tanto faz.
Tullio Dias
Striptease, de Andrew Bergman
Lançado em 28 de junho.
Com atuações extremamente caricatas e um roteiro risível, Striptease é daqueles filmes que tinham potencial para serem clássicos trash, mas por se levarem a sério demais, tanto em sua concepção quanto na forma de lançamento, acabaram sendo apenas filmes ruins. Além de ter o “mérito” de ser o filme que mostrou às pessoas a falta de talento de Demi Moore, que até então se apoiava em fazer parte do “Brat Pack” (grupo de jovens atores que frequentemente faziam filmes juntos nos anos 80), ou em filmes de enorme sucesso como Ghost – Do Outro Lado da Vida.
Lucas Victor
Independence Day, de Roland Emmerich
Lançado em 3 de julho
Que atire a primeira pedra o moleque que não ficou louco de ansiedade pela estreia de Independence Day em 1996. Era a Casa Branca, tipo, a casa do Presidente dos Estados Unidos, sendo explodida por uma fucking nave espacial. Caraca. Como não amar muito isso? Não por questões políticas, mas por simplesmente ser algo sensacional demais para a cabeça das crianças da época. Pelo menos, na minha escola foi assim.
Esse foi o verdadeiro responsável por apresentar Will Smith para o mundo nessa obra tão problemática, mas que ainda recebe um carinho especial no meu coração. Seria quase um guilty pleasure. Quase.
Tullio Dias
Tempo de Matar, de Joel Schumacher
Lançado em 24 de julho.
Esse foi provavelmente um dos primeiros filmes a que assisti e lembro de ter me emocionado bastante. Ainda não fiz a minha revisão para escrever a crítica e garantir a obra no ranking de 30 melhores filmes de 1996 (a ser publicado em breve), mas minha memória afetiva afirma que é a melhor atuação de Samuel L. Jackson e Matthew McConaughey está em um daqueles momentos em que oscila entre ser sensacional ou ser apenas um galã.
Dirigido por Joel Schumacher, Tempo de Matar (não confundir com Tempo de Violência, subtítulo recebido por Pulp Fiction no Brasil) conta a história de vingança de um pai (Jackson) que mata os dois estupradores brancos de sua filha de dez anos, e o desenrolar do seu julgamento com todo o racismo envolvido no caso.
Tullio Dias
Joe e as Baratas, de John Payson
Lançado em 26 de julho
… “esmagam primeiro e perguntam depois”… (Depoimento da uma barata, referindo-se ao ser humano).
Esse filme foi um dos mais memoráveis e cômicos da década de 90. Usou como elemento, um personagem que causa pavor e arranca berros de muitas pessoas: baratas. Pois é! Esses insetinhos nojentos possuem papel ativo no filme e roubam a cena ao lado do protagonista da história, Joe. Joe, muda-se para uma nova moradia e logo descobre que o ambiente está infestado de baratas. Entretanto, as pequenas criaturas demonstram o surpreendem com seus diálogos e atitudes, fato que as tornam praticamente bonitinhas…
Juliana Vannucchi
Matilda, de Danny DeVito
Lançado em 2 de agosto.
Hoje Matilda teria 26 anos, mas nas nossas memórias ela continua sendo aquela garota meiga que cresceu com pais grosseiros em uma escola com uma diretora pior que o bicho-papão. Com picos de comédia, drama e muita fantasia, o filme ensina boas lições não apenas às crianças, mas também aos seus pais!
Felipe Borba
The Wonders – O Sonho Não Acabou, de Tom Hanks
Lançado em 4 de outubro.
“The Wonders – O Sonho Não Acabou, tradução de That Thing You Do (que é o nome da canção repetida exaustivamente ao longo do filme), conta a história de uma pequena banda que consegue emplacar uma música e se transforma em um dos maiores fenômenos musicais dos Estados Unidos na década de 60, competindo com um certo quarteto famoso de Liverpool, no Reino Unido.
Essencial na coleção dos cinéfilos roqueiros de plantão, a trajetória do one hit wonder The Wonders é uma história que dificilmente perderá o seu charme e que merece ser vista e revista sempre.”
Tullio Dias
Romeu e Julieta, de Baz Luhrmann
Lançado em 1 de novembro.
Leonardo DiCaprio e Claire Danes no início de suas carreiras, como amantes em um dos maiores clássicos de William Shakespeare e sob direção de Baz Luhrman. O resultado é uma adaptação emocionante e com uma química intensa entre os dois protagonistas
Dani Pacheco
Space Jam, de Joe Pytka
Lançado em 15 de novembro.
Esse é mais daqueles filmes que marcou a infância de muita gente. Mesclando animação com live-action, Space Jam foi um verdadeiro sucesso e conseguiu divertir pessoas de todas as idades mesmo com a péssima atuação de Michael Jordan. Na trama, alienígenas querem que Pernalonga e sua turma tornem-se a principal atração de um parque de diversões. Prestes a ser capturado, Pernalonga propõe jogo de basquete em troca de sua liberdade.
Felipe Borba
Marte Ataca, de Tim Burton
Lançado em 13 de dezembro.
“Marte Ataca! é um filme tosco. E engraçado. Mas tosco, com certeza. Os Estados Unidos são invadidos por marcianos, que, à primeira vista, são pacíficos. Porém, na recepção de boas vindas os marcianos exterminam todos e o presidente Dale (Jack Nicholson) convoca uma reunião para decidir o que fazer. Generais e comandantes protestam à favor do ataque total, mas Dale acredita que foi apenas um equívoco. E depois de vários e vários equívocos, os terráqueos tem que encontrar uma maneira de exterminá-los antes que o sejam.”
Flavia Andrade
Pânico, de Wes Craven
Lançado em 20 de dezembro
Como bônus da nossa lista, não podia faltar uma das principais obras de um dos grandes mestres do horror Wes Craven. Pânico foi importante para a carreira do cineasta e também para revitalizar o gênero em um período crítico. O público já estava cansado de assassinos como Jason e Freddy, e costumavam ridicularizar obras parecidas. Pânico trouxe um novo gás para o terror e diversas outras produções vieram na sequência: todas tentando repetir o sucesso do original, mas sem nunca conseguirem chegar nem perto disso.
Tullio Dias