Para todos os amantes da música e do cinema, escolhemos as 10 melhores cenas finais com música de todos os tempos. Contém spoilers de alguns filmes! Cuidado!
A MISTURA DE CINEMA COM MÚSICA TORNA CADA EXPERIÊNCIA MELHOR. Na verdade, eu tenho uma ligação tão forte (e maluca) com música que sou capaz de gostar de um filme do Michael Bay se tiver a canção certa para determinada cena. Por isso que tenho uma queda especial pelos trabalhos de Cameron Crowe, afinal ele sabe muito bem como escolher as trilhas perfeitas para suas cenas.
Durante algum tempo fiquei pensando em reunir as 10 melhores cenas finais com música da história do cinema até chegar a esse resultado. Acredito que podemos melhorar isso e até mesmo criar uma parte II ou III para essa lista, já que o que temos aqui é apenas uma breve compilação com cenas sugeridas pela equipe e outras de gosto pessoal. Aproveitem bem o especial!
ps: Esse artigo possui comentários sobre o que acontece no final dos seguintes filmes: Segundas Intenções, Drive, Once, Os Bons Companheiros, As Vantagens de Ser Invisível, Clube dos Cinco, Donnie Darko, Closer, Clube da Luta e Matrix. Caso não tenha assistido a nenhum dos filmes, pense bem antes de prosseguir a leitura!
10 – “Bittersweet Symphony” – The Verve, em Segundas Intenções
Podemos dizer que 1999 foi o ano em que o rock e o final dos filmes andaram de mãos dadas. Só nessa lista temos três casos diferentes. O primeiro deles é a ferrada gostosa que a vilã vivida por Sarah Michelle-Gellar leva no final de Segundas Intenções. A canção escolhida foi “Bittersweet Symphony”, do The Verve. Lindo, lindo ver a personagem sendo exposta daquela maneira para todos os coleguinhas descobrirem a verdade sobre a “santinha”. Claro que nos dias de hoje, o final provavelmente renderia muita polêmica, afinal de contas, não deixa de ser bullying com uma adolescente – independente dela ser uma pessoa horrível e cruel.
Aliás, vale dizer que o clipe da música é um plano sequência sensacional. Se você nunca assistiu, corrija isso no link abaixo.
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9 – “A Real Hero” – College & Electric Youth, em Drive
https://www.youtube.com/watch?v=_e3r689dZEU
Quem assistiu a Drive sabe que além de ser facilmente um dos melhores filmes lançados nos últimos cinco anos, ele também tem uma trilha sonora inspirada. “A Real Hero” toca em dois momentos, mas no momento final, quando o personagem de Ryan Gosling está todo destruído, esfaqueado, perdendo sangue, morrendo, sofrendo, sozinho, começa a tocar bem no fundo e vai crescendo. Essa dinâmica funciona como o incentivo para que o “herói” não desista de viver e siga em frente com a sua vida.
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8 – “Falling Slowly” – Swell Season, em Once
https://www.youtube.com/watch?v=qxoMVHbKp4E
Seria impossível falar de música e cinema sem dar um jeito de “roubar” para privilegiar Glen Hansard, o primeiro irlandês da nossa lista. Em Once, ele vive um sonho de montar a sua banda, gravar um disco e sair tocando por aí. Mesmo se ele tivesse apenas uma canção boa, o longa-metragem seria capaz de emocionar. Acontece que ele possui dezenas de músicas capazes de levar o espectador às lágrimas. Para “piorar”, o diretor John Carney (parceiro de Hansard na banda The Frames) é extremamente competente e conduziu um romance que derrete até mesmo os corações mais gelados – desde que o dono (ou a dona) não seja surdo.
“Falling Slowly” é a canção principal de Once e aparece em alguns momentos, mas só mesmo no final que dá o ar de sua graça. E que graça! Se você não viu ainda, pare tudo e coloque Once na sua lista de filmes para serem assistidos com urgência. Você não irá se arrepender.
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7 – “My Way” – Sid Vicious, em Os Bons Companheiros
Quase não inclui “My Way” na lista porque a cena demora a acontecer e dura pouquinho demais, mas como se trata da dobradinha Sid Vicious + Martin Scorsese não tinha como resistir.
O protagonista interpretado por Ray Liotta ficou mal acostumado a ter tudo na sua mão, não enfrentava nem mesmo uma fila. Acompanhar o desabafo rabugento dele no final reclamando de um macarrão ruim que ele comeu recentemente é um deleite. Ainda tem o momento com Joe Pesci disparando a sua arma, como quem diz: “Você morreu, cara! Já era”.
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6 – “Heroes” – David Bowie, em As Vantagens de Ser Invisível
Falar de As Vantagens de Ser Invisível me faz lembrar de histórias e pessoas. Talvez tenha o impacto da música, mas a narração em off do protagonista enquanto ele está com seus amigos e curtindo um passeio de carro é de matar. E olha que a tal “música do túnel” custa a tocar, mas quando ela entra é catártico. Esse filme possui MUITOS fãs e cada um de nós encontra um significado muito pessoal para tudo que assistimos, ouvimos, lemos ou consumimos. Mais que uma bela cena de encerramento, esse momento aqui é sem dúvidas o mais intenso e forte de toda a lista. Não tenha dúvidas.
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5 – “Don’t You Forget About Me” – Simple Minds, em O Clube dos Cinco
Seria injusto dizer que o Simple Minds não apenas é uma banda de um sucesso só, como deve esse sucesso justamente ao diretor John Hughes por ter escolhido “Don’t You Forget About Me” para tema de um de seus vários clássicos?
Sei que a maioria aqui vai reclamar desse encerramento não ocupar o topo da lista, mas juro que as outras cenas são tão boas quanto. O grande lance é que Clube dos Cinco é provavelmente um dos filmes mais especiais para a geração nascida entre os anos 1980 e 1990. O final reconciliador e esperançoso, coloca todos os adolescentes voltando para os pais após experimentarem as horas mais inesquecíveis de suas vidas até aquele momento.
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4 – “Mad World” – Gary Jules, em Donnie Darko
Sabe aquele momento que um filme faz o espectador se arrepiar todo? Sequências musicais geralmente conseguem esse efeito em mim na maioria das vezes, mas o que “Mad World” faz nos últimos cinco minutos de Donnie Darko é maravilhoso. O “mundo louco” em que Donnie e os seus amigos vivem é apresentado de maneira bem crua enquanto a canção toca macia: a psicóloga que acorda assustada e preocupada; a professora sonhando e tendo um bela noite; o tarado chorando e sofrendo por sua doença; o garoto inspirado criando sua fantasia de Halloween; etc. Que momento.
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3 – “Blowers Daughter” – Damien Rice, em Closer – Perto Demais
A música do irlandês Damien Rice foi “homenageada” com uma versão nacional do Seu Jorge e Ana Carolina, o que certamente popularizou a canção ainda mais no país. Lançada no primeiro disco de Rice, “Blower’s Daughter” é a escolha perfeita para encerrar Closer – Perto Demais. “And so it is” é um verso que praticamente resume a situação daqueles quatro personagens problemáticos e mostra que as coisas simplesmente acontecem, especialmente aquelas que são consequências de nossos erros e escolhas. Detalhe para a beleza da cena com Natalie Portman caminhando pelas ruas de Nova York e atraindo a atenção de todos ao seu redor.
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2 – “Wake Up” – Rage Against the Machine, em Matrix
No prólogo de Matrix, nosso herói está dentro de uma cabine de telefone público comunicando aos seus inimigos que as coisas serão bem diferentes a partir daquele momento. O tom sereno da ameaça fica perfeito quando Neo simplesmente voa – no melhor estilo Superman – e “Wake Up”, do RATM, começa a explodir na caixa de som dos cinemas.
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1 – “Where Is My Mind?” – Pixies, em O Clube da Luta
https://www.youtube.com/watch?v=ytjN6Qa-Igg
“Tudo vai ficar bem”, ele diz pouco antes de Marla se assustar com as explosões dos prédios ao redor deles. “Você me conheceu numa época muito estranha da minha vida.”
E assim se encerra Clube da Luta, de David Fincher. Provavelmente, não estou exagerando, é o meu final favorito de todos os tempos. Talvez nem tanto pelo que se vê em cena, mas justamente pela opção de colocar “Where is My Mind?”, do Pixies, para ser a cereja do bolo. Uma combinação explosiva para pessoas com o seu psicológico totalmente fora do padrão, como todos os personagens da obra de Chuck Palahniuk.
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