A RESSURRECTION É UM DOS ÚLTIMOS TRABALHOS DO ATOR MICHAEL CLARKE DUNCAN ANTES DE FALECER. O grandalhão faz uma participação especial interpretando o diretor da escola em que Mischa Barton trabalha como psicóloga. No entanto, o tamanho todo do sujeito não é o suficiente para intimidar os estudantes mais rebeldes, pois a trama do longa-metragem acompanha o assassinato de um aluno que volta a viver para se vingar.
Yep. Se trata de um horror voltado para o público mais jovem e que certamente está mais interessado em rever a lindinha do The O.C. gritando desesperada e fugindo de um monstro sobrenatural. Verdade seja dita: ela nem é tão bonita assim para valer o tempo perdido acompanhando A Ressurrection. Parece que a atriz parou de se cuidar ou deu uma de Charlize Theron, em Monster, e ficou feia de propósito. E ao contrário de Theron, vamos combinar que atuação nunca foi o forte de Barton.
A primeira lembrança que tive ao assistir A Ressurrection foi O Corvo, aquele filme com o Brandon Lee. Saca? Imaginem elementos da ressurreição/reencarnação daquele personagem inseridos num contexto mais “jovem”, meio que a versão bullying macabro de O Clube dos Cinco. Ah, claro. Não podemos deixar de lembrar de incluir o recente Arrasta-me Para o Inferno nessa feijoada búlgara. Existe uma bruxa muito safada em A Ressurrection, inclusive, a motorista de vassoura é vista fumando um charuto que poderia muito bem ser confundido com brinquedinhos de sex shop.
Previsível, e sem graça, a produção não consegue empolgar em nenhum momento. Duncan é assassinado no meio da trama, mas nada é feito com emoção o suficiente para deixar o espectador com vontade de saber o que irá acontecer. Esse é o tipo de filme que os mocinhos/mocinhas usam como pretexto para receber a visita do “amor da vez” e usar a velha desculpa para o sábado a noite: “vem ver um filme aqui em casa, sua delícia gostosa que vai ficar sem roupa no momento em que eu fechar a porta do meu quarto.”
Talvez o problema seja a qualidade do longa-metragem, que inexplicavelmente recebeu uma boa nota em uma página voltada exclusivamente para o cinema de horror. Talvez eu esteja sendo chato. Talvez eu tenha um desejo oculto pela Mischa Barton e como sei que ela nunca irá responder minhas cutucadas no Facebook decidi criticar o seu trabalho. Em minha defesa deixarei o vídeo de “Everybody is on the Run”, do Noel Gallagher. É curioso perceber que um clipe de cinco minutos consegue ser bem mais interessante que um filme. (e não, o fato dela correr de lingerie de tigre não foi tiro e queda para me impressionar. Gostei do tênis vermelho dela)
Nota:[uma]